O novo diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), que será escolhido em meados de março, terá como missão reorganizar a cúpula da instituição assim que assumir.
Londres, 27/02/2017 – O novo diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), que será escolhido em meados de março, terá como missão reorganizar a cúpula da instituição assim que assumir. Isso porque não apenas o cargo principal da entidade, que tem sede em Londres, está vago, como também os dois postos logo abaixo estão em aberto. O diretor de operações da OIC saiu e o de administração está em processo de aposentadoria.
A votação do novo executivo está marcada para a semana de 13 a 17 de março. Candidatos de nove países estão no páreo, inclusive o carioca José Sette, e uma pré-seleção será feita amanhã, deixando apenas quatro ou cinco candidatos para a disputa final. Participam dessa votação maior todos os membros da OIC (42 países produtores e 35 consumidores de café).
Uma eleição envolvendo tantas nações nunca é estritamente técnica. Alguma interferência política sempre ocorre e, por isso, é preciso habilidade e articulação a todos os países que apresentaram um concorrente. Da mesma forma, caberá ao novo diretor-executivo escolher os nomes para os cargos que estão logo abaixo do seu na organização, mas é preciso diplomacia para recrutar profissionais experientes e que atendam aos anseios dos 77 membros.
Pela sua relevância no mercado, o histórico à frente da instituição e o currículo do candidato, o Brasil tem grandes chances de sair vitorioso na competição pelo comando da OIC. Além do Brasil, que é o maior produtor e exportador de café, concorrem à vaga Vietnã, Indonésia, Zimbábue, República Democrática do Congo, Peru e México (produtores), além de Suíça e Rússia (consumidores).
Desde 1963, o Brasil só não comandou a OIC durante um mês, em 1968, e de 2002 a 2010, quando a entidade foi dirigida pelo colombiano Néstor Osorio Londoño. A diretoria-executiva da OIC está vaga desde dezembro do ano passado, quando o brasileiro Robério Silva, que ocupava a posição, faleceu no Brasil vítima de um enfarte, aos 53 anos. (Célia Froufe, correspondente – celia.froufe@estadao.com).