fonte: Cepea

Novo circuito do café em SP quer incentivar produção e agroturismo

Objetivo é desenvolver a cadeia econômica, incluindo a produção de insumos e embalagens

8 de abril de 2025 | Sem comentários Mais Café

Por Globo Rural

Com 358 cidades produtoras de café, o governo de São Paulo acaba de desenvolver um projeto multisetorial batizado de “Rotas do Café”. O objetivo é aumentar o número de estabelecimentos rurais que unam produção, em particular a de grãos especiais, e turismo rural. Espera-se também estruturar ainda mais a agroindústria do setor, incluindo segmentos como o de máquinas e embalagens.

O anúncio, antecipado à Globo Rural, aconteceu na sede do governo, o Palácio dos Bandeirantes, nesta terça-feira (8/4). A rota do café foi inspirada em outras ações similares, como a rota do vinho.

A ideia é que o projeto desponte e alcance a rede hoteleira e de restaurantes a fim de que esses estabelecimentos tenham uma espécie de selo que garanta a origem do grão. “Levantar a bandeira de que aqui se serve café de São Paulo”, afirmou Edson Fernandes, secretário executivo de Agricultura e Abastecimento do Estado.

De acordo com o governador Tarcísio Freitas, a rota tem significado atrelado à história do café. “Agora produtores, cooperativas e indústrias se unem ao Estado para poder desenvolver as vocações produtoras das regiões, além de fomentar as cadeias para melhorar a logística, desenvolver arranjos produtivos, incluindo desenvolvimento de mão de obra na cafeicultura também”, disse.

O projeto é composto por cinco regiões: Cuesta Paulista, Mogiana Paulista, Mantiqueira Vulcânica, Circuito das Águas e Alta Paulista, que formam os destinos cafeeiros que o Estado espera impulsionar com parcerias com as prefeituras e iniciativas privadas dos locais onde se cultiva café.

O município de Garça é um dos locais incluídos no projeto. Apostando na possibilidade de renda extra, Flora Serra largou o mercado financeiro e voltou para a cidade natal administrar a propriedade familiar, de 300 hectares. Há um ano, lançou uma marca própria, o Café Consuelo, e o próximo passo é estruturar a propriedade para receber não só compradores, mas clientes que buscam turismo rural.

“A fazenda tem estruturas que datam de 1924, uma história que poderá ser contada no turismo, além de agregar valor às diversas cultivares de café plantadas na propriedade que era do meu avô”, conta à Globo Rural. Sua família está há mais de 50 anos na cafeicultura e agora mira mercados mais especializados. Flora se mostrou empolgada com o projeto das Rotas de Café porque será um incentivo aos produtores locais para investirem em suas propriedades.

São Paulo produz anualmente 307 mil toneladas de café, segmento que representou R$ 4,57 bilhões à economia paulista em 2024. Hoje, o Estado é o que mais consome café torrado e moído no país. Para Jorge Viana, secretário da economia do Estado, os números podem melhorar e o projeto pode elevar São Paulo ao segundo lugar entre os maiores produtores de café do Brasil, que hoje é ocupado pelo Espírito Santo.

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