NOVA IORQUE CAI COM ALTA DO DÓLAR E VENDAS DE ORIGENS

Os contratos futuros do café arábica fecharam em queda na ICE Futures US, pressionados por um movimento de recuperação do dólar e pelo mau humor no mercado acionário, fatores que motivaram realizações de lucro por parte de algumas origens, principalmente quando a posição julho refez sua máxima de quase oito meses.

Segundo um analista consultado pelo Blog do Café, os fundamentos não tiveram nenhuma notícia nova que pudesse dar direção aos preços, até porque a queda nas exportações e na produção da Colômbia já foram assimilados pelo mercado, antes mesmo do anúncio oficial da Federacafé.

“Dessa forma, os traders mantiveram o foco no desempenho do dólar, que, nas semanas recentes, teve forte desvalorização, garantindo suporte ao café. Porém, hoje, a moeda saiu dos menores patamares registrados desde o início da crise (econômica mundial, que foi desencadeada em setembro de 2008) e isso gerou pressão”, analisou.

Esse analista explicou que, além da relação inversa existente entre dólar e o mercado cafeeiro, outro fator que pesou negativamente aos futuros foram algumas vendas de origens. “É válido destacar que o Brasil não vendeu”, frisou ele, alertando que a comercialização foi generalizada e feita em pequena escala por vários outros países produtores.

Nesta quarta-feira, um analista do Banco Macquarie projetou déficit mundial de café de aproximadamente 5 milhões de sacas na safra 2009/10. Ele justificou a estimativa embasado no reduzido estoque existente e na menor safra do Brasil, que está em seu ciclo de baixa no na bienalidade característica de suas lavouras de arábica.

No fechamento da bolsa de Nova Iorque, os contratos julho e dezembro recuaram 95 pontos, negociados, respectivamente, a 135,50 centavos de dólar por libra peso e a 139,15 centavos de dólar por libra peso, ao passo que o vencimento setembro encerrou o pregão a 137,40 centavos de dólar por libra peso, registrando perdas de 90 pontos.