O café tradicional de Alto Paraíso de Goiás é objeto de estudo de projeto do Consórcio Pesquisa Café liderado pela Embrapa Café.
Os diversos turistas que visitam o município de Alto Paraíso, porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no nordeste do estado de Goiás, já podem degustar, nas pousadas e restaurantes da região, um café que provavelmente foi levado para lá por tropas de Bandeirantes, ainda no início do século XIX. De grande aceitação pelos consumidores, o café tradicional de Alto Paraíso de Goiás é objeto de estudo de projeto do Consórcio Pesquisa Café liderado pela Embrapa Café.
O projeto, que visa a implantação da cafeicultura orgânica e agroecológica para agricultores familiares da região, possibilitou o resgate do café que é plantado nos terreiros de várias propriedades rurais e tradicionalmente consumido pelas famílias de agricultores.
Segundo os pesquisadores da Epamig, Paulo César de Lima e Waldênia de Melo Moura, que coordenaram a execução do projeto, o desenvolvimento da pesquisa despertou nos agricultores, especialmente os familiares, a importância econômica desse produto, que pode ser comercializado tanto na própria região quanto em outros mercados, tornando fonte de renda para as famílias e melhorando a qualidade de vida da população.
Alto Paraíso
Região de tradicional vocação para o turismo, devido a sua proximidade ao parque ecológico, o município de Alto Paraíso possui registrados, em seu sindicato rural, 100 agricultores, dos quais 70 são considerados familiares de pequena produção. A grande maioria deles produz alimentos apenas para o consumo da própria família e utiliza suas propriedades e os recursos delas extraídos (plantas aromáticas e medicinais, pedras semipreciosas, etc) no comércio propiciado pelo turismo.
O café existente na região, segundo seus próprios moradores, está plantado há vários anos nos leitos dos rios que formavam as rotas das tropas de Bandeirantes utilizadas para o desbravamento do país e a ocupação dos cerrados entre os séculos XVI e XIX.
Com a descoberta desse café em vários locais do município, os agricultores poderão, novamente, utilizar suas propriedades para a produção agrícola comercial, atividade produtiva realizada antes da chegada do turismo na região nos anos 1960 com a inauguração de Brasília (distante a 250 km de Alto Paraíso) e a abertura do parque da Chapada dos Veadeiros.
Projeto
O projeto, desenvolvido sob a liderança da Embrapa Café e com a coordenação dos pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Alto Paraíso de Goiás e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seagro). Como resultado, mudas de café foram produzidas pelos próprios agricultores, sob a orientação dos pesquisadores, em viveiros instalados em áreas de escolas rurais de três comunidades da região – Sertão, Fraternidade e Vereda. Hoje, essas mudas estão sendo plantadas nas propriedades de produtores interessados no plantio do café.
Além disso, a escola da comunidade Sertão, uma das participantes do projeto, já incluiu no conteúdo teórico da disciplina de ciências, as práticas realizadas durante a execução do projeto, incentivando o interesse dos alunos pela cafeicultura orgânica e agroecológica, bem como pelos princípios da produção sustentável, preservação ambiental e conservação de sementes. E para aplicar na prática, a teoria aprendida, cada aluno levou para casa cinco mudas de café produzidas no viveiro da escola, prometendo plantar em seu quintal e cuidar com carinho, conforme as orientações dos pesquisadores e técnicos do projeto.
Embrapa Café | CNC
13/08/2010
Jurema Iara Campos
Os diversos turistas que visitam o município de Alto Paraíso, porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no nordeste do estado de Goiás, já podem degustar, nas pousadas e restaurantes da região, um café que provavelmente foi levado para lá por tropas de Bandeirantes, ainda no início do século XIX. De grande aceitação pelos consumidores, o café tradicional de Alto Paraíso de Goiás é objeto de estudo de projeto do Consórcio Pesquisa Café liderado pela Embrapa Café.
O projeto, que visa a implantação da cafeicultura orgânica e agroecológica para agricultores familiares da região, possibilitou o resgate do café que é plantado nos terreiros de várias propriedades rurais e tradicionalmente consumido pelas famílias de agricultores. Segundo os pesquisadores da Epamig, Paulo César de Lima e Waldênia de Melo Moura, que coordenaram a execução do projeto, o desenvolvimento da pesquisa despertou nos agricultores, especialmente os familiares, a importância econômica desse produto, que pode ser comercializado tanto na própria região quanto em outros mercados, tornando fonte de renda para as famílias e melhorando a qualidade de vida da população.
Alto Paraíso – Região de tradicional vocação para o turismo, devido a sua proximidade ao parque ecológico, o município de Alto Paraíso possui registrados, em seu sindicato rural, 100 agricultores, dos quais 70 são considerados familiares de pequena produção. A grande maioria deles produz alimentos apenas para o consumo da própria família e utiliza suas propriedades e os recursos delas extraídos (plantas aromáticas e medicinais, pedras semi-preciosas, etc) no comércio propiciado pelo turismo.
O café existente na região, segundo seus próprios moradores, está plantado há vários anos nos leitos dos rios que formavam as rotas das tropas de Bandeirantes utilizadas para o desbravamento do país e a ocupação dos cerrados entre os séculos XVI e XIX. Com a descoberta desse café em vários locais do município, os agricultores poderão, novamente, utilizar suas propriedades para a produção agrícola comercial, atividade produtiva realizada antes da chegada do turismo na região nos anos 1960 com a inauguração de Brasília (distante a 250 km de Alto Paraíso) e a abertura do parque da Chapada dos Veadeiros.
Projeto – O projeto, desenvolvido sob a liderança da Embrapa Café e com a coordenação dos pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Alto Paraíso de Goiás e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seagro). Como resultado, mudas de café foram produzidas pelos próprios agricultores, sob a orientação dos pesquisadores, em viveiros instalados em áreas de escolas rurais de três comunidades da região – Sertão, Fraternidade e Vereda. Hoje, essas mudas estão sendo plantadas nas propriedades de produtores interessados no plantio do café.
Além disso, a escola da comunidade Sertão, uma das participantes do projeto, já incluiu no conteúdo teórico da disciplina de ciências, as práticas realizadas durante a execução do projeto, incentivando o interesse dos alunos pela cafeicultura orgânica e agroecológica, bem como pelos princípios da produção sustentável, preservação ambiental e conservação de sementes. E para aplicar na prática, a teoria aprendida, cada aluno levou para casa cinco mudas de café produzidas no viveiro da escola, prometendo plantar em seu quintal e cuidar com carinho, conforme as orientações dos pesquisadores e técnicos do projeto.