Enquanto o preço pago ao produtor pelo café não cobre nem sequer os custos de produção, na ponta do consumo o café está mais caro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O pó moído, por exemplo, teve aumento de 7,13% no acumulado dos últimos 12 meses.
E quando é agregado o serviço do balcão de bares e padarias, o aumento salta para 11,41%, ainda conforme o IBGE.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Geais, Roberto Simões, frisa que não há relação direta entre o preço pago ao produtor de café e o que chega ao varejo. “O produtor não é formador de preço”, defende.
Além do preço baixo da commodity que, conforme ele, já está afetando a economia de várias cidades, o produtor mineiro vem enfrentando a concorrência do Vietnã. “O preço é baixo, mas o café é de qualidade inferior”, diz (JG)