No Paraná, preocupação é com geadas

Por: Valor

12/06/2012
 
No Paraná, preocupação é com geadas
 
Por Marli Lima | De Curitiba


Depois de enfrentar um período de estiagem no começo do ano, que resultou em prejuízos de R$ 3,8 bilhões nas safras de soja, milho e feijão, o que preocupa os produtores do Paraná agora é a possibilidade de ocorrências de geada, o que pode prejudicar a produção da safrinha de milho. A economia do Estado ainda vai sentir os efeitos da seca nos próximos meses, mas, segundo Francisco Simioni, diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, o pior já passou. “Nossa situação está mais confortável.”


As chuvas no segundo trimestre estão ocorrendo de forma irregular, segundo Lizandro Jacobsen, meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar. Em abril, ficaram dentro da média, mas concentradas em poucos dias. Algumas regiões passaram até 15 dias sem chuvas. Em maio, houve maior espaçamento entre as ocorrências, mas a quantidade ficou abaixo da média para o mês. Mesmo assim, diz ele, o que preocupa as regiões produtoras agora é o frio.


Simioni conta que, de março para cá, não há reclamações de estiagem por parte dos produtores. “Mas uma geada agora pode ser problemática”, diz. A área destinada ao milho safrinha no Paraná é de 1,6 milhão de hectares. Entre 50% e 60% da cultura está em fase de floração e frutificação, sensível a geadas. O trigo, por ser cultura de inverno, é mais resistente, assim como a cevada e a aveia. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Instituto Simepar fizeram o primeiro alerta de geadas do ano na quinta-feira para que produtores de café adotassem medidas de proteção na madrugada de sexta. Ainda não há levantamento de prejuízos, mas informações preliminares indicam que a ocorrência foi mais fraca que o previsto.


No mais recente levantamento, divulgado no fim de maio, o Deral informou que as condições climáticas estavam favorecendo a safra e que o Paraná pode colher cerca de 10,2 milhões de toneladas de milho da segunda safra, 60% superior à safra anterior e a maior da história para o período do ano.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.