”Em todo o mundo, são os países produtores os grandes responsáveis pela expansão da demanda”, afirma José Sette, diretor da Organização Internacional do Café (OIC)
Enquanto esperam pela China, os cafeicultores do Brasil podem se contentar com o expressivo crescimento do mercado doméstico. Nos últimos 10 anos, o país aumentou em 50% seu consumo de café, que deve superar a marca das 20 milhões de sacas neste ano – um recorde. “Em todo o mundo, são os países produtores os grandes responsáveis pela expansão da demanda”, afirma José Sette, diretor da Organização Internacional do Café (OIC).
Esses países abocanharam metade do crescimento global acumulado desde o ano 2000 e ajudaram a impulsionar os preços, que praticamente dobraram desde o ano passado. Países em desenvolvimento, especialmente do leste europeu, onde o café já era um hábito cultivado, também se fazem notar.
A Rússia elevou suas importações de 1,8 milhão de sacas, no ano 2000, para mais de 4 milhões em 2009. Na Ucrânia, os desembarques saltaram de 184 mil para 1,8 milhão de sacas no mesmo período. “O fato de o consumo crescer em níveis tão favoráveis, sem que a China tenha tomado esse trem, é realmente animador”, afirma Sette.