Até o dia 20 de janeiro, representantes de uma das maiores indústrias alimentícias do mundo, a Nestlé, devem vir a Pernambuco para anunciar a construção da próxima fábrica do grupo no Nordeste. A vinda da unidade fabril chegou a receber incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe), mas a disputa com a Bahia acabou atrasando o anúncio do projeto, que custará entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. Embora não tenha confirmado a identidade da empresa, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Alexandre Valença, confirmou que aguarda a visita de um grupo de empreendedores da área de alimentos, no próximo mês. “Esse é um projeto grande, que será dividido em quatro fases”, resumiu o titular da pasta. Na pauta aprovada em junho pelo Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), a Nestlé previa a construção da fábrica em Jaboatão dos Guararapes. Na época em que o plano foi divulgado, estava prevista a produção de café solúvel (Nescafé), passando, numa segunda etapa, para a fabricação de cereais, leite e derivados. Uma empresa de embalagens, de nome não divulgado, provavelmente formará uma parceria com a gigante suíça em Pernambuco. Pelo porte da planta, está prevista a contratação de 150 trabalhadores. A vinda da planta para o Estado também tem o potencial de aquecer a bacia leiteira local, por quebrar o monopólio da Parmalat no Agreste. ARCOR No mesmo segmento de atuação e com montante de investimento de igual porte está a multinacional argentina Arcor, fabricante de balas, confeitos e chocolates. Apesar de ter adquirido um terreno de 25 hectares desde o início deste ano, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, a companhia só tocará as obras de seu empreendimento – dividido em quatro plantas industriais – a partir de janeiro de 2006. De acordo com a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD/Diper), o projeto da subsidiária brasileira custará R$ 221,8 milhões e impulsionará a criação de 1.095 empregos diretos. Os incentivos fiscais aos projetos da Arcor, onde inclui ainda uma central de distribuição e outra de importação, foram aprovados entre fevereiro e junho de 2004. Ainda não há detalhes sobre o cronograma de construção das quatro fábricas, mas a primeira obra entregue pelo grupo latino-americano será a de “Guloseimas Doces”. Os investimentos nesta unidade chegarão a R$ 60 milhões, gerando 350 postos de trabalho no Estado. As outras três indústrias serão destinadas à produção de papel flexível (embalagens), caixas de papelão e glicose. |