Nestlé registra alta de 14% no lucro e atinge recorde de US$ 7,43 bi

A Nestlé SA, a maior empresa alimentícia do mundo, registrou um crescimento de 14% no lucro líquido em 2006, atingindo o recorde de 9 2 bilhões de francos suíços (US$ 7,43 bilhões), com destaque para os esforços de modernização e o aumento de preços. A fabricante lucrou 8,1 bilhões de francos em 2005. O resultado ficou levemente acima da média das estimativas do mercado, de 9,1 bilhões de francos. As vendas anuais subiram 8,1%, para 98,5 bilhões de francos.

No segundo semestre, a companhia aumentou seus lucros em 16%, após ter comprado a marca de cereais Uncle Toby’s e a empresa de alimentos diet Jenny Craig. O lucro líquido da empresa aumentou para 5,05 bilhões de francos suíços (US$ 4,1 bilhões), a partir dos 4,36 bilhões de francos suíços do mesmo período do ano passado, segundo as cifras para o ano como um todo divulgadas pela Nestlé, com sede em Vevey, na Suíça. Esse resultado superou a mediana das estimativas de 17 analistas ouvidos pela Bloomberg, que tinham previsto um lucro líquido de 4,85 bilhões de francos suíços. As vendas tiveram expansão de 5,5 %, passando a 51,3 bilhões de francos suíços.

O principal executivo da Nestlé, Peter Brabeck, disse ontem que deverá comprar mais marcas de produtos saudáveis, depois de ter gasto quase US$ 4 bilhões em aquisições em 2006, que incluíram os US$ 2,5 bilhões despendidos na compra da divisão de nutrição medicinal da Novartis AG.

A Nestlé vendeu divisões de cacau, café e laticínios no valor de mais de 1 bilhão de francos suíços, e investiu os rendimentos nas bebidas nutritivas Milo, nos petiscos energéticos PowerBar e na água engarrafada Aquarel, bem como em aquisições. “Esses dados são muito empolgantes, são os melhores da última década”, disse Dieter Winet, administrador de recursos da Swisscanto de Zurique, um dos responsáveis pela gestão de 60 bilhões de francos suíços. Ele disse que as ações da Nestlé constituem uma das cinco principais posições de sua carteira. “A iniciativa estratégica da empresa, de se aprofundar na área de nutrição, faz sentido. Esses são produtos caros, com margens muito maiores.”

A Nestlé disse ontem estar “confiante” de que conseguirá alcançar sua meta de registrar um crescimento de 5% a 6% em 2007, excetuando-se aquisições e movimentações cambiais, apesar da alta dos custos das matérias-primas agrícolas e do aumento dos gastos da empresa com marcas, pesquisa e nutrição. A empresa afirmou também que prevê melhorar sua margem de lucro operacional.