A Nestlé, maior grupo mundial de alimentos, reduziu sua estimativa anual para 2009 após as vendas orgânicas terem crescido 3,5% no primeiro semestre, motivando baixa de suas ações.
Analistas consultados pela Reuters previam, em média, que as vendas orgânicas – que excluem variações cambiais e efeitos de aquisições – aumentassem 3,9%, depois do avanço de 3,8% no primeiro trimestre.
A fabricante do café Nescafé, das barras de chocolate KitKat e das sopas Maggi cortou sua meta de alta nas vendas orgânicas em 2009 para “ao menos se aproximando de 5%”.
O vice-presidente financeiro da empresa, Jim Singh, disse que o consenso do mercado para o desempenho de vendas – de alta de 4,3%, de acordo com recente pesquisa da Reuters com analistas – é uma boa interpretação do guidance da Nestlé.
No primeiro semestre, apenas 0,5% do crescimento orgânico veio do aumento do volume, enquanto o restante foi possível graças à elevação de preços. Segundo Singh, nos seis últimos meses do ano a situação será diferente, com influência mais expressiva dos volumes para avanço das vendas.
O executivo disse que a companhia cortou preços no segundo trimestre e que não vê aumentos significativos à frente.
As ações da Nestlé cediam 3,81%, para 42,42 francos suiços, na bolsa de Zurique, às 7h53 (de Brasília).
Embora as vendas tenham desapontado, analistas gostaram do aumento de 30 pontos básicos na margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês), para 14,1%. O lucro líquido de 5,1 bilhões de francos suíços superou as expectativas.
As vendas líquidas caíram 1,5%, para 52,3 bilhões de francos suíços, contra projeção média de 52,7 bilhões de francos suiços, basicamente devido à valorização da moeda suiça.
A marca de mais rápido crescimento da Nestlé, a Nespresso – de café premium -, teve expansão orgânica de 25%.