Nesta quarta-feira (23), os contratos futuros do café arábica na Bolsa de

O mercado realiza lucros ante as recentes altas, mas também sentiu durante todo o dia a pressão do câmbio e a queda de outros mercados, como o petróleo, que chegou recuar mais de 4%.

Por: Por: Jhonatas Simião

Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão com queda acima de 300 pontos nos principais vencimentos, que acabaram perdendo todos os ganhos de ontem em meio aos temores em relação à oferta global de café. O mercado realiza lucros ante as recentes altas, mas também sentiu durante todo o dia a pressão do câmbio e a queda de outros mercados, como o petróleo, que chegou recuar mais de 4%.


Os lotes com vencimento para março/16 encerraram a sessão de hoje cotados a 131,10 cents/lb com queda de 355 pontos. O julho/16 teve 133,00 cents/lb e o setembro/16 anotou 134,65 cents/lb, ambos com baixa de 350 pontos. Já o contrato dezembro/16 registrou 136,35 cents/lb com queda de 330 pontos.


De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as operações de realização de lucros vistas nos mercados internacionais hoje, após as altas recentes que elevaram os preços para os patamares mais altos em cinco meses, também foram motivadas por questões internas. “Este comportamento foi potencializado pela cena política no Brasil que fez com que o dólar fosse buscar níveis mais altos”, afirma.


Acompanhando a atuação do Banco Central para sustentar as cotações da divisa americana pelo terceiro dia consecutivo em meio ao cenário político conturbado no Brasil, o dólar comercial fechou a sessão de hoje cotado a R$ 3,6768 na venda com alta de 2,11%.


Na semana passada, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York subiram quase 8% com os temores em relação à oferta global nesta temporada. Na sessão de ontem, inclusive, tradings chegaram a estimar preços ainda mais elevados no mercado devido aos prejuízos causados pelo El Niño nas safras da Colômbia, Vietnã e alguns países do Sudeste Asiático.


“Isso faz com que um déficit no mercado de café seja cada vez mais provável não só na atual temporada, mas também na próxima por causa dos danos causado às lavouras”, reportou o Commerzbank em nota à Reuters.


Mesmo com a safra 2016/17 de café do Brasil mais alta em relação aos anos anteriores, a demanda global pode ultrapassar em até quatro milhões de sacas a produção estimam as tradings. Além disso, os estoques de café do País são os mais baixos da história. Estimativas privadas e estrangeiras apontam a produção brasileira nesta temporada em cerca de 50 milhões de sacas.


Mercado interno


De acordo com Marcus Magalhães, a paradeira no mercado interno de café é grande e os negócios devem seguir lentos até pelo menos o início da colheita. Ainda assim, os preços dos tipos mais negociados nas praças de comercialização estão acima de R$ 500,00 a saca de 60 kg.


O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Varginha (MG) com R$ 570,00 a saca e alta de 1,79%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,17% com R$ 554,00 a saca.


O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 558,00 a saca e queda de 1,76%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.


O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 525,00 a saca e queda de 0,94%. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com baixa de 1,92% e saca cotada a R$ 510,00.


Na terça-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 505,38 com alta de 1,17%.


Bolsa de Londres


As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira, após a forte alta de ontem. O contrato março/16 registrou US$ 1514,00 por tonelada com alta de U$ 35, o maio/16 teve US$ 1515,00 por tonelada e avanço de US$ 1, enquanto o julho/16 anotou US$ 1546,00 por tonelada e valorização de US$ 4.


Na terça-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 366,98 com avanço de 1,55%.


Fonte: Notícias Agrícolas

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