30 de setembro de 2010
O Estado de S.Paulo
A Nespresso faz, nesta segunda-feira, o lançamento de Kazaar, sua série limitada de 2010. Mas a equipe do Paladar já provou o blend com exclusividade. A senha para entender o Kazaar (R$ 3 a cápsula) é seu blend: mais de 70% de grãos de café robusta (parte proveniente da Guatemala, parte do Espírito Santo), \”amaciados\” com arábica do Cerrado.
Na família dos cafés Nespresso este é o mais intenso – trata-se de um \”café 12\” na paleta de potência da marca. É o único a alcançar esse lugar na escala. Radicalismo? O desafio, segundo o diretor da marca no Brasil, Martin Pereyra Rosas, foi acabar com o estigma de que o robusta é ruim e fazer um café de qualidade com um tipo de grão considerado inferior.
Robusta se chama assim por ser muito resistente a intempéries e, portanto, mais simples de cultivar, mas tem qualidade inferior se comparado ao arábica, e amargor excessivo. O Paladar provou o blend e achou que a tarefa autoimposta pelos técnicos da marca, de suavizar os defeitos do robusta e acentuar suas virtudes foi cumprida apenas em parte. O Kazaar funcionou melhor com leite do que puro. Eis nossas notas de degustação:
No nariz aparecem notas iniciais de carne defumada, um tostado intermitente e seco. À boca, o café tem vigor, corpo e amargor, desenvolvido no processo de torra. Puro, o resíduo amargo na boca incomoda um pouco.