Nespresso deverá registrar crescimento de dois dígitos em 2009

A Nespresso, marca de café da Nestle, deve obter um crescimento recorde de dois dígitos esse ano, apesar da crise econômica, disse o chefe executivo da unidade.

A Nespresso, que lançou cafés em cápsula para cafeteiras que fazem uma xícara por vez, obteve altas de 30% nas vendas nos últimos 8 anos.

“Estamos muito confiante em um grande crescimento para 2009”, disse Richard Girardot

“Nós previmos a tempestade de maneira relativamente satisfatória”, se referindo à queda do crescimento nos EUA, sem dar maiores informações.

As vendas dobraram em dois anos e atingiram cerca de 2,26 bilhões de francos suíços em 2008. A nova fábrica na Suíça, que está programada para produzir 4,8 bilhões de cápsulas por ano, dará a capacidade de dobrar as vendas nos próximos anos.

Com a Nespresso crescendo nesse ritmo, já se pensa onde estará localizado seu próximo local de produção, possivelmente em um dos maiores centros de consumo da marca.

Girardot afirma que a companhia ainda espera crescer de maneira acelerada em países onde ela está presente, o que inclui os mercados aparentemente já saturados, como Alemanha e França. Cerca de 90% das vendas estão concentradas na Europa, 5% na América e 5% na Ásia.

“Pense nesses números em termos de potencial. As expectativas são muito boas”, disse ele, afirmando que ainda há chances de se penetrar na China, país consumidor de chá.

“Em lugares com estilo de vida urbanos sempre há oportunidades para negócios”, disse ele.

Girardot disse que 47% das vendas são feitas por internet, 35% em botiques e 18% por telefone. Espera-se que 180 botiques sejam inauguradas até o final de 2009, em relação às 163 que operam hoje em dia.

A expansão de produtos premium tem sido um dos pilares da estratégia da Nestle. Entretanto, em tempos de crise, o que se vê são consumidores optando por produtos mais baratos e troca de marcas famosas por marcas locais.

A marca Nespresso se beneficiou da conjuntura mundial ao optar por produtos consumidos em casa. Assim, não foi prejudicada pela mudança nos padrões de consumo que delegou sérios prejuízos a grandes marcas, como a Starbucks. As informações partem de agências internacionais