Negociações na BM&F foram recorde para janeiro


São Paulo, 6 de Fevereiro de 2006 – A Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F) registrou recorde no mês passado nos volumes físico e financeiro dos contratos agropecuários negociados no mês de janeiro. O total de contratos chegou a 110.693, com crescimento de 57,6% em relação ao mesmo período de 2005. O volume financeiro também cresceu 57%, para US$ 1,01 bilhão.


Os contratos futuros de café arábica, os mais negociados na BM&F, também apresentaram cifra recorde – US$ 758,142 milhões -, com alta de 81,3%. “O movimento refletiu a alta dos preços na Bolsa de Nova York e no mercado físico”, diz o diretor de mercados agrícolas da BM&F, Felix Schouchana.


O volume de café arábica negociado foi de 51.578 títulos, com expansão de 55,1%. O recorde físico foi de 65 mil títulos em janeiro de 2004.


O volume financeiro dos contratos de açúcar cristal também foi recorde – US$ 34,547 milhões -, mais que o dobro que os US$ 16,819 milhões de janeiro de 2005. O número de contratos da commodity cresceu 11,4%, para 7.008 papéis. “Foi também um reflexo da valorização dos preços em Nova York. Os mercados se comunicam”, explica Schouchana.


Na contramão do desempenho do açúcar, estiveram os contratos de álcool anidro em janeiro deste ano. O volume negociado caiu 82,7% em relação a janeiro do ano passado, de 4.675 para 807 contratos, enquanto o financeiro recuou de US$ 48,524 milhões para US$ 11,589 milhões.


A retração dos negócios resultou do acordo entre o governo federal e as usinas que estabeleceu o preço máximo de R$ 1,05 por litro de álcool combustível. “Os compradores não têm interesse por contratos futuros se existe um teto para o preço”, explica o diretor de mercados agrícolas.


Segundo ele, a demanda pelos contratos de álcool deve ser retomada com a entrada da safra de cana-de-açúcar, em março, quando os preços voltam a flutuar mais, ainda que abaixo do teto definido. “Pela primeira vez, desde 2001, o preço do álcool está acima de R$ 1000 por metro cúbico para os meses de plena safra, de março a outubro. É interessante que o produtor aproveite esses níveis de preços para fixar pelo menos uma parte das vendas”, diz. A valorização do álcool decorre dos altos preços do petróleo e do açúcar, e da demanda do combustível pelos veículos flex-fuel.


Outro recorde do mês de janeiro foi obtido nos contratos de milho, que mais que dobraram em volume físico e financeiro, para 9.231 papéis e US$ 31,852 milhões, respectivamente, impulsionado pela demanda crescente das agroindústrias. Os contratos de soja também tiveram movimentação recorde de 4.771 títulos e de US$ 28,037 milhões. “Esse resultado reflete o aumento da diferença do preço da commodity na Bolsa de Chicago e na BM&F e no mercado físico”, avalia Schouchana.


Já o volume dos contratos futuros de boi gordo teve redução de 8,5%, para 15.905, como resultado dos embargos totais ou parciais à carne brasileira por 56 países, devido aos focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná. “A aftosa derrubou os preços, desestimulando os vendedores a fixar preços”, diz.


(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão)

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Negociações na BM&F foram recorde para janeiro

10 de fevereiro de 2006 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado








São Paulo, 6 de
Fevereiro de 2006 – A Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F) registrou
recorde no mês passado nos volumes físico e financeiro dos contratos
agropecuários negociados no mês de janeiro. O total de contratos chegou a
110.693, com crescimento de 57,6% em relação ao mesmo período de 2005. O volume
financeiro também cresceu 57%, para US$ 1,01 bilhão.

Os contratos futuros
de café arábica, os mais
negociados na BM&F, também apresentaram cifra recorde – US$ 758,142 milhões
-, com alta de 81,3%. “O movimento refletiu a alta dos preços na Bolsa de Nova
York e no mercado físico”, diz o diretor de mercados agrícolas da BM&F,
Felix Schouchana.

O volume de café arábica negociado foi de 51.578
títulos, com expansão de 55,1%. O recorde físico foi de 65 mil títulos em
janeiro de 2004.

O volume financeiro dos contratos de açúcar cristal
também foi recorde – US$ 34,547 milhões -, mais que o dobro que os US$ 16,819
milhões de janeiro de 2005. O número de contratos da commodity cresceu 11,4%,
para 7.008 papéis. “Foi também um reflexo da valorização dos preços em Nova
York. Os mercados se comunicam”, explica Schouchana.

Na contramão do
desempenho do açúcar, estiveram os contratos de álcool anidro em janeiro deste
ano. O volume negociado caiu 82,7% em relação a janeiro do ano passado, de 4.675
para 807 contratos, enquanto o financeiro recuou de US$ 48,524 milhões para US$
11,589 milhões.

A retração dos negócios resultou do acordo entre o
governo federal e as usinas que estabeleceu o preço máximo de R$ 1,05 por litro
de álcool combustível. “Os compradores não têm interesse por contratos futuros
se existe um teto para o preço”, explica o diretor de mercados
agrícolas.

Segundo ele, a demanda pelos contratos de álcool deve ser
retomada com a entrada da safra de cana-de-açúcar, em março, quando os preços
voltam a flutuar mais, ainda que abaixo do teto definido. “Pela primeira vez,
desde 2001, o preço do álcool está acima de R$ 1000 por metro cúbico para os
meses de plena safra, de março a outubro. É interessante que o produtor
aproveite esses níveis de preços para fixar pelo menos uma parte das vendas”,
diz. A valorização do álcool decorre dos altos preços do petróleo e do açúcar, e
da demanda do combustível pelos veículos flex-fuel.

Outro recorde do mês
de janeiro foi obtido nos contratos de milho, que mais que dobraram em volume
físico e financeiro, para 9.231 papéis e US$ 31,852 milhões, respectivamente,
impulsionado pela demanda crescente das agroindústrias. Os contratos de soja
também tiveram movimentação recorde de 4.771 títulos e de US$ 28,037 milhões.
“Esse resultado reflete o aumento da diferença do preço da commodity na Bolsa de
Chicago e na BM&F e no mercado físico”, avalia Schouchana.

Já o
volume dos contratos futuros de boi gordo teve redução de 8,5%, para 15.905,
como resultado dos embargos totais ou parciais à carne brasileira por 56 países,
devido aos focos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná. “A aftosa derrubou os
preços, desestimulando os vendedores a fixar preços”, diz.

(Gazeta
Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão)

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