07/12/2006 05:12:11 –
Foi preciso que o café saísse de São Paulo para que a cidade mergulhasse de vez na bebida. Não entendeu? Então, basta lembrar que, se até algumas décadas atrás, a mercadoria era a grande riqueza local (e continua com significativa produção no Estado), foi só agora, no século 21, que o café virou gente grande (e fina). Não que paulistas e o Brasil, de forma geral, tivessem deixado de ser loucos por um cafezinho. Mas é que agora é o momento do café gourmet, aquele feito com grãos, blends e processos de alta qualidade, para ser degustado com prazer, e das cafeterias especiais – lugares bons para bebericar, conversar, trabalhar, um hábito que europeus e nossos vizinhos argentinos já conhecem desde o tempo em que café se fazia só no coador.
Claro que a estréia de um grande expoente desse meio, como a Starbucks, que abriu sua primeira loja em São Paulo, é um reflexo dessa maturidade. Mas, como mostra a foto desta página, a gigante americana aterrissa para entrar numa briga muito boa. A mais famosa cafeteria do mundo não vai ter descanso sequer para tomar um expresso curto, tantos são os bons cafés em ação na cidade – e tantas são as promessas de chegada de outros nomes de ponta no mercado paulistano.
Se você tem baixa tolerância à cafeína, leia então esta edição bem devagar (saiba que, de tanto provar cápsulas, macchiatos e afins, alguns de nossos repórteres nem conseguiram dormir). Você vai saber mais sobre a Starbucks, descobrir novidades, se informar sobre cada xicarazinha da torre ao lado, conhecer o bairro mais badalado para tomar café, aprender a identificar um grão bem torrado e até a preparar a melhor bebida possível que pode ser feita em casa, com os conselhos de uma expert. Melhor ainda: leve Paladar à cafeteria mais próxima e deguste ao lado do seu blend preferido.