O diretor-executivo da Organização Internacional do Café, Néstor Osorio, diz que, nos próximos anos, a tecnificação da lavoura será inevitável. O presidente do Conselho Nacional do Café, Maurício Miarelli, concorda que a mecanização seja irreversível. “Mas seria mais interessante que viesse acompanhada da questão social, pois a cafeicultura é grande tomadora de mão-de-obra”, diz.
FAZER RESERVAS
Miarelli acredita, porém, que, passado o período de crise, agora é hora de aproveitar esta safra que está para ser colhida “e que é boa” e fazer reservas, pagar as dívidas e economizar. E complementa: “Se por um lado a profunda crise que atingiu a cafeicultura, entre 2001 e 2004, deixou o setor endividado, por outro deixou os produtores mais conscientes e preparados para épocas de instabilidade.”
Durante o período de crise – que somou prejuízos de mais de US$ 2,5 bilhões -, os produtores utilizaram suas reservas e se endividaram; “por isso, hoje, passada essa fase, a palavra de ordem é cautela”, completa Miarelli.
Fonte: Estado de São Paulo