Intitulada “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte”, a exposição substituirá a antiga mostra de longa duração, que ficou em cartaz durante nove anos
O Museu do Café, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugura, no dia 11 de dezembro, às 19h30, uma nova exposição de média duração: “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte”. Desenvolvida para substituir a antiga mostra de longa duração, que ficou em cartaz desde 2005, a exposição é o produto final de quatro anos de estudos sobre a história do café. Nela, será abordada do cultivo a comercialização do grão, passando por diversos aspectos sociais e históricos da economia no Brasil e no mundo, além dos produtos culturais gerados e financiados pelo agronegócio. “A nova exposição apresenta o tema por meio de várias perspectivas, possibilitando diferentes leituras por parte do público”, explica a coordenadora técnica do Museu, Marcela Rezek.
As pesquisas realizadas durante o processo de criação e elaboração do conteúdo para a nova exposição tiveram como resultado três macros eixos: “Café como produto – ciência e tecnologia”, “Café como objeto social – história, economia e sociedade” e “Produtos culturais do café”. Esses pontos-chave – ou eixos – foram definidos após escutas sistemáticas e reuniões com alguns dos mais importantes nomes do setor cafeeiro na atualidade, especialistas e autoridades.
Com as informações captadas durante o processo de levantamento de dados e depoimentos, a equipe de curadoria definiu quatro módulos para compor a mostra. O primeiro deles, “Da planta à xícara”, aborda toda a perspectiva da ciência e técnica onde acontecem as etapas desde a produção, até a comercialização do grão. É aqui que um viveiro composto por três pés de café mostrará ao público o desenvolvimento e as fases que uma muda da planta passa até o momento da colheita dos frutos. O vídeo “Mãos do Café”, criado para a exposição e exibido na sala anexa ao módulo, transmitirá aos visitantes uma experiência imersiva, retratando diversas etapas do trabalho com uma visão humanizada.
No módulo seguinte, o tema tratado é a “História do Café”. O objetivo é trabalhar diversos aspectos da história que influenciaram a dispersão do café ao redor do mundo. Uma abordagem social, econômica e geográfica é disponibilizada em uma grande linha do tempo, que também conta com nichos temáticos para aprofundar os principais temas que estão relacionados à história do grão, como a escravidão, a imigração, ferrovias etc. Já na terceira sala, o visitante poderá se aprofundar e conhecer mais sobre a “Praça de Santos”. O módulo trata sobre a organização do trabalho na cidade e a ocupação dela, expondo mapas de expansão urbana do século XVII ao século XX e depoimentos em áudio e vídeo dos trabalhadores locais. São sete personagens de diversas etapas do café na Praça Comercial de Santos: as catadeiras, os classificadores, corretores, costureiras, ensacadores, estivadores e os fiéis de armazéns. A iniciativa faz parte do projeto de pesquisa de História Oral do Museu.
Fechando a exposição, o módulo “Artes e Ofícios” é voltado à arquitetura eclética, destacando a fragmentação do conhecimento manual e artístico em uma linha de produção, seguindo a lógica industrial. Nele, o edifício da Bolsa Oficial de Café é o grande destaque, sendo usado como objeto devido à sua importância para a época e por ser um dos prédios representantes desse estilo e da ideologia da elite cafeeira paulista. Para esse módulo, o Museu do Café e o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo fizeram uma parceria com o objetivo de trazer, para a nova exposição, objetos e desenhos presentes no acervo da instituição paulistana.
A diretora executiva do Museu do Café, Marília Bonas Conte, explica que, com essa exposição, os visitantes terão contato direto com as pesquisas elaboradas pela equipe do equipamento cultural. “Os visitantes vão conhecer o que é um trabalho de pesquisa e preservação dentro de um museu, como uma instituição desse tipo preserva a história do café por meio de acervos, depoimentos e escuta do público. Também vão entender de uma maneira mais aprofundada, a importância do café na história do Brasil e do nosso Estado, além do Edifício da Bolsa, local onde aconteciam as negociações”.
O Museu do Café fica à rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado das 9h às 17h, e aos domingos entre 10h e 17h. Devido à implantação da nova exposição, somente o Salão do Pregão está disponível para visitação até o dia 11 de dezembro, com entrada gratuita no período. A partir do dia 12, os ingressos custarão R$ 6, sendo que estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado das 9h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h. Outras informações estão disponíveis no site www.museudocafe.org.br.
Serviço
Inauguração da exposição “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte”
Data: 11/12
Horário: 19h30
Local: Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos – SP)
Preço: Grátis
Intitulada “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte”, a exposição substituirá a antiga mostra de longa duração, que ficou em cartaz durante nove anos
O Museu do Café, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inaugura, no dia 11 de dezembro, às 19h30, uma nova exposição de média duração: “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte”. Desenvolvida para substituir a antiga mostra de longa duração, que ficou em cartaz desde 2005, a exposição é o produto final de quatro anos de estudos sobre a história do café. Nela, será abordada do cultivo a comercialização do grão, passando por diversos aspectos sociais e históricos da economia no Brasil e no mundo, além dos produtos culturais gerados e financiados pelo agronegócio. “A nova exposição apresenta o tema por meio de várias perspectivas, possibilitando diferentes leituras por parte do público”, explica a coordenadora técnica do Museu, Marcela Rezek.
As pesquisas realizadas durante o processo de criação e elaboração do conteúdo para a nova exposição tiveram como resultado três macros eixos: “Café como produto – ciência e tecnologia”, “Café como objeto social – história, economia e sociedade” e “Produtos culturais do café”. Esses pontos-chave – ou eixos – foram definidos após escutas sistemáticas e reuniões com alguns dos mais importantes nomes do setor cafeeiro na atualidade, especialistas e autoridades.
Com as informações captadas durante o processo de levantamento de dados e depoimentos, a equipe de curadoria definiu quatro módulos para compor a mostra. O primeiro deles, “Da planta à xícara”, aborda toda a perspectiva da ciência e técnica onde acontecem as etapas desde a produção, até a comercialização do grão. É aqui que um viveiro composto por três pés de café mostrará ao público o desenvolvimento e as fases que uma muda da planta passa até o momento da colheita dos frutos. O vídeo “Mãos do Café”, criado para a exposição e exibido na sala anexa ao módulo, transmitirá aos visitantes uma experiência imersiva, retratando diversas etapas do trabalho com uma visão humanizada.
No módulo seguinte, o tema tratado é a “História do Café”. O objetivo é trabalhar diversos aspectos da história que influenciaram a dispersão do café ao redor do mundo. Uma abordagem social, econômica e geográfica é disponibilizada em uma grande linha do tempo, que também conta com nichos temáticos para aprofundar os principais temas que estão relacionados à história do grão, como a escravidão, a imigração, ferrovias etc. Já na terceira sala, o visitante poderá se aprofundar e conhecer mais sobre a “Praça de Santos”. O módulo trata sobre a organização do trabalho na cidade e a ocupação dela, expondo mapas de expansão urbana do século XVII ao século XX e depoimentos em áudio e vídeo dos trabalhadores locais. São sete personagens de diversas etapas do café na Praça Comercial de Santos: as catadeiras, os classificadores, corretores, costureiras, ensacadores, estivadores e os fiéis de armazéns. A iniciativa faz parte do projeto de pesquisa de História Oral do Museu.
Fechando a exposição, o módulo “Artes e Ofícios” é voltado à arquitetura eclética, destacando a fragmentação do conhecimento manual e artístico em uma linha de produção, seguindo a lógica industrial. Nele, o edifício da Bolsa Oficial de Café é o grande destaque, sendo usado como objeto devido à sua importância para a época e por ser um dos prédios representantes desse estilo e da ideologia da elite cafeeira paulista. Para esse módulo, o Museu do Café e o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo fizeram uma parceria com o objetivo de trazer, para a nova exposição, objetos e desenhos presentes no acervo da instituição paulistana.
A diretora executiva do Museu do Café, Marília Bonas Conte, explica que, com essa exposição, os visitantes terão contato direto com as pesquisas elaboradas pela equipe do equipamento cultural. “Os visitantes vão conhecer o que é um trabalho de pesquisa e preservação dentro de um museu, como uma instituição desse tipo preserva a história do café por meio de acervos, depoimentos e escuta do público. Também vão entender de uma maneira mais aprofundada, a importância do café na história do Brasil e do nosso Estado, além do Edifício da Bolsa, local onde aconteciam as negociações”.
Serviço
Inauguração da exposição “Café, patrimônio cultural do Brasil: ciência, história e arte”
Data: 11/12
Horário: 19h30
Local: Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos – SP)
Preço: Grátis