Municipio de Uiramutã em Roraima implanta projeto piloto de café arábico

27 de fevereiro de 2007 | Sem comentários Origens Cafeeiras Produção
Por: 26/02/2007 04:02:06 - Folha de Boa Vista

PROJETOS – Alguns projetos podem mudar a realidade econômica do Uiramutã. Um deles é a construção da hidrelétrica de Cotingo, na cachoeira do Tamanduá, que poderá incrementar significativamente os 25% do repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).


O outro é um projeto piloto de café arábico, um produto fino, tipo exportação, cujo plantio só pode ser feito em regiões a partir de 700 metros de altitude. Segundo a prefeita, essa é uma parceria público privada, onde a prefeitura entra com a assistência técnica, irrigação e suporte logístico de transporte, enquanto que a empresa dá as mudas e compra o café das comunidades a preço de mercado. Já as comunidades indígenas cedem a área e a mão-de-obra.


Uma saca de café arábico beneficiado chega a custar no mercado até U$ 300,00. O interessante é que o plantio do café pode ser consorciado. Isso significa dizer que onde se planta a macaxeira também pode se cultivar o café.


Inicialmente foram plantadas 15 mil mudas na comunidade Monte Muriá 1. Ainda neste semestre as comunidades de Camararém e Maracanã iniciam a plantação do café arábico.


 


Eleição para Associação dos Municípios de Roraima será hoje



Após um ano e dois meses paralisada, uma comissão formada por quatro prefeitos está reorganizando a Associação dos Municípios de Roraima (AMRR). Na tentativa de resgatar o nome da entidade, os membros realizam hoje, às 11 horas, em uma das salas do prédio da Escolegis (Escola do Legislativo), a eleição da nova diretoria.


Durante esse período de inércia, a constatação preliminar dos que tentam reorganizá-la é de que os 14 municípios do interior do Estado tiveram perdas significativas. Hoje, a entidade não tem prédio e os documentos estão em lugar incerto e não sabido, segundo informou ontem a prefeita do Município de Uiramutã, Florany Mota (PT), durante o programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, apresentado pelo economista Getúlio Cruz.


Florany, que é membro da comissão e candidata a presidente da entidade pela chapa única, ressaltou que a idéia é retomar os trabalhos da entidade, fortalecendo-a para participar das pautas nacionais que beneficiam os pequenos municípios.


Além disso, buscar junto ao Governo do Estado a formalização de convênios na área de infra-estrutura, como havia nos governos anteriores. “Nos outros governos havia uma contrapartida do Estado para os programas sociais. No Uiramutã o governo contribuía com a limpeza da cidade e nos gastos com combustível, já que é uma região de difícil acesso e os gastos são maiores”, explicou.


Além de Florany, fazem parte da comissão organizadora os prefeitos Orlando Justino (PP), de Normandia, Rhommer de Sousa (PSDB), de Bonfim, e Zacarias Assunção (PMDB), do Cantá.


Antes de ficar totalmente parada, a entidade estava sendo conduzida pelo prefeito de Mucajaí, Ecildon Pinto. Conforme contou a prefeita, ele assumiu a AMRR após um acordo consensual entre todos os prefeitos, para ficar à frente da associação durante um ano.


“Ocorre que quando acabou o mandato ele se recusou a repassar o cargo. Acreditamos que ele à frente da entidade seria mais fácil formalizar convênios com as prefeituras pelo fato do tio ser o governador. Na verdade, faltou também a participação de todos”, reconheceu, ao dizer que hoje as prefeituras não dispõem de recursos advindos do Governo do Estado por meio de convênios.


Ressaltou que é importante a atuação da AMRR porque não adianta se falar em desenvolvimento sustentável se não tiver recursos federais e o apoio do governo. “Hoje só conseguimos fazer alguma coisa se tivermos emendas dos parlamentares. No caso do Uiramutã, a média de recursos por mês é de R$ 80 mil. São poucos recursos para se fazer desenvolvimento sustentável”, disse.


Disse que hoje a prefeitura trabalha com a organização social do Município. “É preciso haver uma mudança de mentalidade porque também não vamos fazer o desenvolvimento sustentável se a comunidade não tiver preparada. É nisso que hoje trabalhamos”, complementou.


PROGRAMAS SOCIAIS – A prefeita disse que os programas sociais do Governo Federal chegam até o Município, mas que grande parte da população não é beneficiada porque não foram cadastradas.


“A prefeitura é que faz o cadastro do Bolsa Família, mas muitos ainda não recebem porque a localização geográfica dificulta o deslocamento das equipes. É aí que deveria haver o suporte do Governo do Estado”, sugeriu, ao detalhar que das 1.300 bolsas disponíveis, apenas 700 famílias estão cadastradas.


Fonte: http://www.folhabv.com.br/noticia.php?Id=20074

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