Mulheres tem treinamento para modernizar gestão de propriedade

Mulheres contam com suporte técnico da Emater-MG para modernizar gestão de propriedade Uma propriedade administrada apenas por mulheres chama a atenção no município de Coroaci, região Leste de Minas. Após a morte do pai, quatro irmãs assumiram a produção leiteira da fazenda. Para dar continuidade à atividade, elas contam com suporte técnico da Emater-MG. As […]

Mulheres contam com suporte técnico da Emater-MG para modernizar gestão de propriedade

Uma propriedade administrada apenas por mulheres chama a atenção no município de Coroaci, região Leste de Minas. Após a morte do pai, quatro irmãs assumiram a produção leiteira da fazenda. Para dar continuidade à atividade, elas contam com suporte técnico da Emater-MG. As irmãs melhoraram a gestão da propriedade e têm obtido bons resultados.

A irmãs perderam o pai em 2010. Era ele quem administrava a fazenda. Com a morte dele, elas decidiram dar continuidade à atividade mesmo tendo pouca experiência em gestão. O começo foi difícil. Não era feito o controle de animais, as instalações eram precárias, alto índice de mortalidade de bezerros e animais de baixa produção. “Foi complicado. Às vezes não sabíamos o que fazer, principalmente nas questões sobre gestão da atividade”, conta Suely Corrêa da Silva.

Diante das dificuldades, as quatro irmãs procuraram o escritório da Emater-MG. Elas foram orientadas pelos extensionistas da Empresa a participarem do programa Minas Leite. A iniciativa é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e executado pela Emater-MG. A proposta visa modernizar a cadeia produtiva do leite de Minas Gerais, gerando aumento de produtividade e renda. O programa é baseado na garantia de três fatores: o aprimoramento técnico, a qualidade dos produtos e a gestão da atividade.

Por meio do Minas Leite, as irmãs tiveram conhecimento de procedimentos que contribuem para o sucesso da pecuária leiteira. Entre eles, o pastejo rotacionado. O processo é simples. O pasto é dividido em pequenas áreas (piquetes). Dessa forma, é promovida uma rotatividade na hora do gado se alimentar. Isso é importante para que o capim fique sempre no ponto ideal de consumo e para não comprometer a rebrota. Outra ação importante são os cuidados com a ordenha, que incluem uma sala de ordenha limpa e teste para verificar casos de mamite, entre outros.

A gestão da propriedade também ficou mais profissional. Agora, as irmãs anotam tudo referente à produção. Dessa maneira, elas conseguem controlar melhor o que acontece na propriedade. “Nós já percebemos a diferença. Agora sabemos quais são os nossos gastos e o nosso lucro. Com isso, podemos nos planejar. Dá mais segurança”, diz Suely Silva.

Mesmo com pouco tempo de participação no Minas Leite, e ainda faltando algumas ações a serem implantadas na propriedade, já começam a aparecer bons resultados. Por exemplo, o índice de mortalidade diminui e aumentou a produtividade por vaca.

“ Embora no inicio não preocupamos em aumentar diretamente a produção de leite, a produtividade por animal já pode ser observada. Antes do programa cada vaca produzia em média 3 litros/dia. Hoje, cada uma produz 5 litros/dia”, diz o extensionista Clésio Peixoto de Melo.

Também por sugestão dos extensionistas da Emater-MG, as irmãs adquiriram um touro da raça gir leiteiro com padrão genético melhorado. A proposta é fazer o melhoramento genético do rebanho.

“O resultado só vai aparecer daqui a dois anos, quando as primeiras fêmeas estiverem parindo. Com isso, esperamos melhorar a produção de leite e a rentabilidade com a venda de animais geneticamente melhores”, diz o técnico da Emater-MG Edirson Ramos de Oliveira.

Satisfeitas com os resultados alcançados até agora, as irmãs esperam profissionalizar cada vez mais a atividade, melhorando a qualidade do rebanho e do leite produzido na propriedade delas.

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