As modificações para a aquisição de financiamento através do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), agradaram aos representantes do setor. A principal medida, redução dos juros de 6,75% para 5,5% ao ano, foi considerada fundamental para reduzir os custos de produção e ampliar a competitividade do café brasileiro.
De acordo com o presidente das comissões de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Pereira Mesquita, a modificação no Funcafé veio em um momento importante para a cafeicultura, que enfrenta perdas na safra e na cotação do grão.
“O momento atual, de queda nos preços recebidos pela comercialização das sacas de café, impulsiona a busca pelo financiamento. Com as expectativas futuras são de retomada da cotação, o produtor precisa estar capitalizado para estocar parte da safra à espera de preços mais atrativos. A redução dos juros, além de estimular a tomada de crédito, também contribui para a redução dos custos de produção, favorecendo o ganho de competitividade”, disse Mesquita.
Outra modificação reivindicada pelo setor e que foi acatada é a exclusão da obrigatoriedade do uso de estrado de madeira nos armazéns com piso asfáltico ou de concreto impermeabilizado. Com a modificação, o acesso ao Funcafé passa a abranger todos os armazéns credenciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Como a colheita no Estado já foi iniciada, a questão é considerada fundamental para que a Conab certifique os armazéns, possibilitando que os produtores entreguem o café como garantia de acesso às linhas de financiamento do Funcafé.
Plano – As medidas anunciadas no Plano Agrícola e Pecuário também irão favorecer o setor cafeeiro. Dentre os pontos positivos está a ampliação dos recursos disponibilizados que atingiu R$ 115,2 bilhões na safra 2012/13. Desse total, R$ 86,9 bilhões são para financiar o custeio e a comercialização e R$ 28,2 bilhões para os programas de investimentos.
Além do aumento de 7,5% em relação ao crédito da safra anterior, o novo plano reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros, valor que é considerado atrativo para quem investir na agricultura. As novas taxas representam uma diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural.
No caso do custeio, outra medida importante foi o aumento do limite de R$ 650 mil para R$ 800 mil por produtor; enquanto para a comercialização a elevação foi de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão. Em ambos os casos, a variação foi de 23% sobre a safra anterior.
Para as cooperativas agropecuárias também houve elevação do limite de financiamento que passou de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões por cooperativa, através do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop); e de R$ 25 milhões para 50 milhões pelo Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro).
“O apoio do governo será fundamental para o desenvolvimento da cafeicultura de Minas Gerais e nas demais regiões. A ampliação do crédito é fundamental para que os produtores consigam negociar a safra a preços mais vantajosos”, disse.
Ainda segundo Mesquita, as entidades representantes da cafeicultura do país, CNA, Conselho Nacional do Café (CNC) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) se reuniram, no início da semana, com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir o Plano de Políticas Estratégicas para a Cafeicultura Brasileira 2012/14. O objetivo é criar políticas publicas que realmente venham a atender a demanda da cadeia.
“O Plano traz propostas sérias e que realmente irão contribuir para a atividade. Entre os assuntos abordados estão mecanismos que favorecem a sustentação dos preços em patamares rentáveis para os agricultores, o ordenamento de safra, que passa necessariamente pelos financiamentos disponíveis, e pesquisas. Também traz propostas de estratégias de marketing que visam agregar valor à produção nacional. Pretendemos reunir com os representantes de todos os elos da cadeia produtiva do café e elaborar um plano único”, disse Mesquita.
Fonte: Diário do Comércio
CCCMG
09/07/2012
As modificações para a aquisição de financiamento através do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), agradaram aos representantes do setor. A principal medida, redução dos juros de 6,75% para 5,5% ao ano, foi considerada fundamental para reduzir os custos de produção e ampliar a competitividade do café brasileiro.
De acordo com o presidente das comissões de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Pereira Mesquita, a modificação no Funcafé veio em um momento importante para a cafeicultura, que enfrenta perdas na safra e na cotação do grão.
“O momento atual, de queda nos preços recebidos pela comercialização das sacas de café, impulsiona a busca pelo financiamento. Com as expectativas futuras são de retomada da cotação, o produtor precisa estar capitalizado para estocar parte da safra à espera de preços mais atrativos. A redução dos juros, além de estimular a tomada de crédito, também contribui para a redução dos custos de produção, favorecendo o ganho de competitividade”, disse Mesquita.
Outra modificação reivindicada pelo setor e que foi acatada é a exclusão da obrigatoriedade do uso de estrado de madeira nos armazéns com piso asfáltico ou de concreto impermeabilizado. Com a modificação, o acesso ao Funcafé passa a abranger todos os armazéns credenciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Como a colheita no Estado já foi iniciada, a questão é considerada fundamental para que a Conab certifique os armazéns, possibilitando que os produtores entreguem o café como garantia de acesso às linhas de financiamento do Funcafé.
Plano – As medidas anunciadas no Plano Agrícola e Pecuário também irão favorecer o setor cafeeiro. Dentre os pontos positivos está a ampliação dos recursos disponibilizados que atingiu R$ 115,2 bilhões na safra 2012/13. Desse total, R$ 86,9 bilhões são para financiar o custeio e a comercialização e R$ 28,2 bilhões para os programas de investimentos.
Além do aumento de 7,5% em relação ao crédito da safra anterior, o novo plano reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros, valor que é considerado atrativo para quem investir na agricultura. As novas taxas representam uma diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural.
No caso do custeio, outra medida importante foi o aumento do limite de R$ 650 mil para R$ 800 mil por produtor; enquanto para a comercialização a elevação foi de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão. Em ambos os casos, a variação foi de 23% sobre a safra anterior.
Para as cooperativas agropecuárias também houve elevação do limite de financiamento que passou de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões por cooperativa, através do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop); e de R$ 25 milhões para 50 milhões pelo Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro).
“O apoio do governo será fundamental para o desenvolvimento da cafeicultura de Minas Gerais e nas demais regiões. A ampliação do crédito é fundamental para que os produtores consigam negociar a safra a preços mais vantajosos”, disse.
Ainda segundo Mesquita, as entidades representantes da cafeicultura do país, CNA, Conselho Nacional do Café (CNC) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) se reuniram, no início da semana, com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir o Plano de Políticas Estratégicas para a Cafeicultura Brasileira 2012/14. O objetivo é criar políticas publicas que realmente venham a atender a demanda da cadeia.
“O Plano traz propostas sérias e que realmente irão contribuir para a atividade. Entre os assuntos abordados estão mecanismos que favorecem a sustentação dos preços em patamares rentáveis para os agricultores, o ordenamento de safra, que passa necessariamente pelos financiamentos disponíveis, e pesquisas. Também traz propostas de estratégias de marketing que visam agregar valor à produção nacional. Pretendemos reunir com os representantes de todos os elos da cadeia produtiva do café e elaborar um plano único”, disse Mesquita.