Montesanto Tavares participa da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, e fala sobre investimentos e expansão para 2020

Grupo brasileiro focado na comercialização de grãos especiais é conhecido pela produção de excelentes cafés em fazenda mineira premiada pela qualidade e também pela sustentabilidade ambiental e social

17 de novembro de 2019 | Sem comentários Cafés Especiais Produção

O Grupo Montesanto Tavares (GMT) vai se reunir com clientes e produtores, durante a Semana Internacional do Café (SIC) 2019, que será realizada de 20 a 22 de novembro, de 11h às 20h, no Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais – estado líder em produção de café do Brasil. No evento, o grupo vai apresentar a força e as oportunidades do café especial brasileiro, um mercado que cresce ao ritmo de 15% ao ano, conquistando consumidores em todos os continentes. Operando desde a originação do grão até a exportação dos blends, o GMT atua com o propósito de fortalecer a agricultura familiar e de valorizar os cafeicultores no país. Para fomentar o café especial brasileiro no exterior, o grupo reúne as empresas Atlantica Coffee, Cafebras e Ally Coffee e, nas operações internacionais, conta com escritórios próprios na América do Norte, América Central, América Latina, Europa, Ásia e África.

“A SIC é uma excelente oportunidade para fortalecer ainda mais o relacionamento de longa data com os clientes e produtores e destacar as possibilidades do café especial brasileiro, um mercado que cresce a cada ano”, afirma Ricardo Tavares, presidente do Grupo Montesanto Tavares.

No estande do grupo na Semana Internacional do Café, o visitante poderá degustar cafés de diversas origens do Brasil, além de receber informações sobre toda a cadeia produtiva, comercialização e mercado de café. Um dos destaques será o café geisha, produzido na fazenda Primavera, localizada em Angelândia no Norte de Minas. No ano passado, ele foi considerado o melhor café do mundo, levando o primeiro lugar na Cup of Excellence, principal concurso que avalia a qualidade do café, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA sigla em inglês). Em 2019, esse café ganhou o segundo lugar do mesmo concurso, com leilão dos lotes marcado para o próximo dia 26 de novembro.

De sabor doce e complexo, o grão geisha é cultivado na chapada mineira, a uma altitude de mil metros. “A cafeteria Maruyama, em Tóquio, comprou o nosso café em leilão, por 16 mil dólares, preço pago pela saca de 60 quilos. No Japão ele foi comercializado por U$ 60 mil ou R$ 240 mil a saca. A valorização do produto de alta qualidade é um exemplo do potencial deste mercado, que ainda tem muito a crescer”, observa Ricardo Tavares.

Entre 2018 e 2019, o GMT ainda recebeu seis importantes premiações nacionais e internacionais, que certificam e reconhecem a qualidade do grão e a sustentabilidade da produção em fazendas no Norte de Minas. Este ano, as empresas do grupo, Cafebras e Atlantica Coffee, lideraram o ranking da revista Exame Melhores e Maiores 2019, na categoria Agro, em primeiro e terceiro lugares das melhores empresas de café do Brasil.

Destaques da SIC

A Semana Internacional do Café é um dos maiores eventos do segmento no mundo e recebe mais de 20 mil visitantes, compradores internacionais vindos de 78 países e reúne mais de 160 expositores. Nesta edição, serão 25 eventos simultâneos, entre eles palestras internacionais abordando toda a plataforma de crescimento do grão especial com uma interface entre os produtores, exportadores, compradores, visitantes, cafeterias, restaurantes, baristas e os chamados coffee lovers. O evento está alinhado em três grandes eixos: mercado & consumo, conhecimento & inovação, negócios & empreendedorismo.

“Este ano, uma das novidades é o pavilhão dedicado ao agroprodutor, com os mais modernos maquinários e insumos, além de eventos sobre a arte da torra”, diz Caio Fontes, diretor de planejamento da Café Editora, uma das responsáveis pela realização da Semana Internacional do Café. Ao todo serão mais de 500 amostras dos grãos especiais para serem negociadas. A expectativa é que a feira movimente perto de R$ 50 milhões em negócios.

Outra novidade desta edição é o encontro da Aliança Internacional do Café, que irá receber mulheres produtoras do grão especial na América Central e Caribe. “Os eventos da SIC vão proporcionar conexões em toda a cadeia. Nossa intenção é trazer novidades para todos. Do produtor em busca de novas tecnologias e dados do mercado ao visitante interessado em montar uma cafeteria, ele encontrará desde o grão especial até máquinas, xícaras, mobiliários, além da oportunidade de interagir com os maiores fornecedores mundiais”, diz Fontes.

Valorização do café especial no mercado externo

Este ano, a expectativa brasileira para a safra de café é de colher 56 milhões de sacas, sendo que 10% corresponde aos cafés especiais. Bruno Tavares, diretor da Ally Coffee, trade do grupo Montesanto Tavares, responsável pelo comércio internacional e pela divulgação do grão brasileiro no exterior, explica que a valorização do café especial no mercado externo e o crescimento do consumo são sinalizações ao produtor. “Em média, o preço pago ao café especial é 50% maior (comparado a commodity)”, explica Tavares. A produção segue rigorosos padrões de sustentabilidade, social e ambiental, o que tem impacto em seu preço final. “É importante para o consumidor do café especial conhecer toda a trajetória do grão. Além da qualidade, aroma, sabor, é fundamental para o consumidor conhecer o modo de produção, os cuidados com o meio ambiente, a história da família que cultivou a bebida que ele experimenta”, complementa. A Ally Coffee mantém operações nos Estados Unidos, na Ásia, em mercados que crescem com grande potencial como Japão, China, Coréia do Sul e Dubai. Na Europa o avanço da demanda é forte em países escandinavos, na Inglaterra e Alemanha.

Através de suas operadoras o Grupo Montesanto Tavares comercializa cafés especiais cultivados também na América Latina, América Central e África. O grão especial exige todo um cuidado que se estende para o pós-colheita. A valorização que cada safra pode alcançar é individual. “O café especial não segue um padrão, cada safra terá suas características e vai proporcionar uma experiência ao consumidor. É um mercado que busca o inverso, despadronizar, valorizando características únicas de um produto especial”, diz Bruno Tavares.

Expansão do Grupo em 2020

Nos últimos 12 meses, os plantios nas fazendas do Grupo Montesanto Tavares foram de 800 hectares em novas áreas nas fazendas Primavera (MG) e Mimoso (BA), e a expectativa é de expansão da área com aquisição de fazendas em produção e de terras para o cultivo. Com o aquecimento do mercado para os cafés especiais, o grupo está investindo na construção de um novo armazém da Atlantica Coffee, em Caparaó (MG), que a partir de fevereiro de 2020 passará da capacidade local de 80 mil para 200 mil sacas de armazenagem. Também no próximo ano, serão iniciadas as obras de outro novo armazém, que será localizado em Patrocínio, na região do Cerrado Mineiro, com capacidade para 400 mil sacas de café, e totalizará 2,25 milhões de sacas de capacidade estática de armazenamento em Minas Gerais. Outro investimento do grupo para o ano que vem é a inauguração de uma nova sede da Atlantica Coffee, em Varginha, no Sul de Minas. A previsão do GMT para 2019 é encerrar o ano com faturamento de R$ 1,9 bi, tendo comercializado no mercado interno e externo 3,1 milhões de sacas de café.

Responsabilidade Social

O Instituto Café Solidário (ICS) representa o braço social do Grupo Montesanto Tavares, voltado para o trabalho de assistência em asilos e creches de regiões onde o café do grupo é produzido, além de manter integralmente o Projeto Realizando Sonhos, em Buritizeiro, no Norte de Minas Gerais. Criado com o objetivo de transformar e incentivar mentes criativas e questionadoras, o Realizando Sonhos atende 154 crianças e jovens de seis a 18 anos, no contraturno escolar, oferecendo aulas de teatro, música instrumental, coral, mídia digital, moda e costura, pintura a artes plásticas, capoeira, aula do conhecimento (cultura geral sobre o mundo) e cidadania. A partir do ano que vem os jovens acima de 15 anos ingressarão no curso profissionalizante dentro do projeto para serem preparados para o mercado de trabalho, com aulas de matemática financeira, português, informática avançada, inglês e empreendedorismo.

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