Ministros do Brasil e da Tunísia assinam acordo na área agrícola

17 de janeiro de 2006 | Sem comentários Comércio Exportação

Brasília, 17 de Janeiro de 2006 – Os ministros da Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, e de Negócios Estrangeiros da Tunísia, Abdelwaheb Abdallah, assinaram ontem acordo de cooperação e intercâmbio tecnológico entre os dois países.

Segundo Rodrigues, o acordo prevê o apoio tecnológico tunisiano no cultivo de frutas, o suporte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na exploração de madeira na Tunísia e a formação de joint ventures que irão “levantar áreas de interesse dos dois países em que possam ser melhoradas as relações entre ambos”. “Nossa relação comercial com a Tunísia ainda é muito pequena, e há um grande potencial de crescimento a ser explorado”, afirma Rodrigues.

Rodrigues disse que a Embrapa começará a cooperar com a Tunísia imediatamente. Os principais produtos brasileiros importados pelo país são açúcar, café e óleo de soja.

Azeite tunisiano

De acordo com o ministro brasileiro da Agricultura, o País tem interesse em incrementar as importações do azeite de oliva tunisiano, que é vendido para toda a Europa. “Importamos azeite de Portugal, que compra da Tunísia. Podemos fazer isso diretamente”, afirma Rodrigues.

No ano passado, as exportações de produtos agrícolas para a Tunísia somaram US$ 1,1 milhão. O Brasil importou US$ 77,7 milhões em produtos agrícolas tunisianos, resultando num superávit de US$ 76,6 milhões a favor do Brasil. Em 2004, o saldo havia sido de US$ 84 milhões.

Para o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Antônio Sarkis Júnior, a Tunísia é um dos países que mais tem demonstrado interesse no Brasil. Em novembro do ano passado, a câmara fechou acordo com empresários tunisianos para incrementar o comércio bilateral. “Detectamos que existem várias oportunidades para os empresários brasileiros investirem na Tunísia, principalmente no setor de construção. O país está projetando vários investimentos em hotéis e infra-estrutura. O potencial de crescimento é muito grande”, afirma Sarkis.

Joint ventures

Segundo ele, a intenção dos tunisianos é criar joint ventures para atuar também nas áreas de calçados e azeite de oliva. “Vimos que é vantajoso para o Brasil exportar componentes de calçado para o país, que fabricará o produto e venderá à Europa com desconto tarifário. Além disso, grandes produtores de azeite de oliva querem trazer o produto para ser envasado no Brasil e vendido para toda a América do Sul”, diz.

kicker: O País vende para a Tunísia, principalmente, açúcar, café e óleo de soja e tem interesse em ampliar as importações do azeite de oliva

(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 4)(Lorenna Rodrigues)

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