Em reunião-almoço realizada na Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, falou para empresários dos dois países. Convidado pela Câmara Brasil-Alemanha para o evento, o ministro é a personalidade brasileira homenageada com o Prêmio Personalidade Brasil-Alemanha 2006. Na apresentação, o presidente da entidade, Dr. Rolf-Dieter Acker, ressaltou o excelente trabalho que Rodrigues vem desempenhando à frente do Ministério da Agricultura, fator que o levou a ser escolhido na premiação que acontecerá no dia 10 de julho, em Berlim.
Durante a apresentação “Os desafios do setor de agribusiness no contexto das relações Brasil-Alemanha”, o ministro traçou um cenário da situação atual do agronegócio brasileiro, principalmente do segmento de agroenergia, e reforçou a importância das relações entre os dois países para que o Brasil incremente suas exportações de produtos desse gênero. “A Alemanha é o quinto maior mercado em agronegócio no mundo e tem sido um parceiro ímpar do Brasil nessa área”, destacou Rodrigues.
O espaço que o mercado brasileiro tem para aumentar suas exportações de produtos agrícolas para a Alemanha foi comprovado pelo ministro com números: “8,5% das importações alemãs são de itens de agronegócios e o Brasil só participa com 3,2% desse total”. O setor com maior potencial em termos de crescimento é o de bioenergia. Para ele, esta alternativa atrairá investidores de todo o mundo por representar recursos renováveis e que não poluem o meio ambiente. “Para atender essa demanda, o Brasil precisa aumentar em 12% a área de plantio de cana-de-açúcar”, explicou o ministro.
Roberto Rodrigues apontou ainda o trabalho do ministério na área de produtos orgânicos, buscando rigorosamente a qualidade, já comprovada na produção de café que atualmente é exportada para a Alemanha – o café em grão representa 28% dos produtos brasileiros vendidos para o mercado alemão. De acordo com o ministro, a participação em feiras na Alemanha, como a Fruitlogística e a Biofach, tem sido fundamental para que os produtores do Brasil possam adquirir conhecimentos e experiências que auxiliam a incrementar a qualidade da produção orgânica brasileira. A presença brasileira nestas feiras foi coordenada pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.