Ministro do Comércio se reúne com representantes do setor produtivo para discutir importação

Essas reuniões são um pedido do presidente Michel Temer e confirmam que as negociações para a importação de café robusta do Vietnã pelo Brasil não terminaram.

Após reunião na terça-feira (7) com o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Silas Brasileiro, e com o presidente da ABICS (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel), Pedro Guimarães Fernandes, o ministro do Comércio, Marcos Pereira, tem reuniões agendadas para a noite desta quarta-feira (8) com parlamentares representantes do setor produtivo de café.


A informação consta na agenda do ministro no site do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e foi confirmada pela assessoria de imprensa do órgão, por telefone. Às 19h, Marcos Pereira recebe Carlos Melles, Deputado Federal pelo DEM/MG e presidente da Frente Parlamentar do Café. Em seguida, às 19h30, o senador Ricardo Ferraço do PSDB/ES também se encontra com o titular da pasta. Ambos são contrários à importação.


Essas reuniões são um pedido do presidente Michel Temer e confirmam que as negociações para a importação de café robusta do Vietnã pelo Brasil não terminaram.


No fim de fevereiro, Temer decidiu suspender provisoriamente a autorização de importação de café robusta, inédita até então na história do Brasil. A medida, que chegou a ter portarias publicadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), foi revista após parlamentares e produtores de café apresentarem ao governo dados apontando estoques de café suficientes para abastecer o mercado nacional e que a medida seria prejudicial a todos.


Levando em conta o pedido do setor produtivo e a demanda da indústria, a proposta do Ministério da Agricultura era de liberar a importação de um milhão de sacas, com distribuição mensal de 250 mil sacas de fevereiro a maio. Para isso, o café seria incluído na lista de exceção da TEC (Tarifa Externa Comum), até o limite de um milhão de sacas, com alíquota de 2%. Acima desse limite, a alíquota de exportação, que hoje é de 10%, sobe para 35%.


No momento, a importação da variedade pode ser realizada pelas indústrias do país, mas com uma pré-aprovação do Mapa.


Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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