Ministro Blairo Maggi confirma criação de Departamento que incluirá uma estrutura específica para o café dentro do Mapa

Também de acordo com a postura que teve na reunião do dia 16 de maio, o ministro da Agricultura reiterou que a indicação do nome do novo diretor do Departamento ficará a cargo do setor produtivo.

Por: BALANÇO SEMANAL — 20 a 24/06/2016

NOVO DEPARTAMENTO NO MAPA — Atendendo a uma solicitação conjunta do senador
Ricardo Ferraço, do deputado Evair de Melo, secretário geral da Frente
Parlamentar Mista do Café, e do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC),
deputado Silas Brasileiro, na terça-feira, 21 de junho, o ministro da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, recebeu-os juntamente com
os deputados Paulo Foletto e Marcos Montes, presidente da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), Natália Fernandes, coordenadora de Produção Agrícola da CNA,
e Pedro Silveira, da Gerência Técnica e Econômica da OCB, para tratar de uma
pauta positiva para a cafeicultura.


O principal item da audiência foi a criação de uma nova estrutura para a
atividade cafeeira dentro do Mapa, haja vista a extinção do Departamento do
Café, em 2015, durante a gestão da senadora Kátia Abreu, e os entraves
burocráticos que o setor vivenciou desde então, em especial no que se refere à
liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), aos
trâmites junto à Organização Internacional do Café (OIC) e à implementação de
uma política pública eficaz.


Conforme antecipado, em audiência realizada no dia 16 de maio com o
presidente do CNC, o senador Ferraço, o presidente da Federação da Agricultura
do Espírito Santo, Júlio Rocha, e com os deputados federais Evair de Melo, Bilac
Pinto, Nilton Capixaba e Carlos Melles, o ministro da Agricultura cumpriu seu
compromisso e comunicou que será criado o Departamento de Café, Florestas
Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia no Mapa.


O CNC enaltece o posicionamento de Blairo Maggi, pois essa medida devolverá à
cafeicultura uma estrutura própria, permitindo um melhor encaminhamento nas
decisões políticas para o setor, além da retomada das reuniões do Conselho
Deliberativo da Política do Café (CDPC) e de seus Comitês, algo que sempre
defendemos, uma vez que este é o principal fórum para o debate de propostas que
possuímos, sendo composto pela representação do Governo Federal, do Congresso
Nacional e de todos os elos da cadeia produtiva.


Também de acordo com a postura que teve na reunião do dia 16 de maio, o
ministro da Agricultura reiterou que a indicação do nome do novo diretor do
Departamento ficará a cargo do setor produtivo. Assim, o CNC alinhou
posicionamentos com a União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA), a Indústria
Brasileira de Árvores (IBÁ), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a
Comissão Nacional do Café da CNA, a Associação Brasileira de Cafés Especiais
(BSCA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a Associação
Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), o Conselho dos Exportadores de
Café do Brasil (Cecafé) e a Frente Parlamentar da Agropecuária para a definição
de um nome consensual, que será encaminhado ao Mapa.


FUNCAFÉ — Ao chegar à audiência, o deputado Carlos Melles deu sequência ao
assunto referente aos recursos do Funcafé que vinha sendo debatido. O
parlamentar reclamou que não chegam às mãos dos produtores e solicitou agilidade
na liberação. Foi citado que o secretário de Política Agrícola, Neri Geller —
conforme anunciado pelo CNC na semana passada (veja em http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=12298)
—, já assinou os contratos que estavam travados no Mapa e os encaminhou aos
agentes financeiros, que agora devem devolvê-los rubricados para que tenha
início o encaminhamento do capital.


O setor produtor agradeceu os esforços do ministro e do secretário no sentido
de agilizar a liberação dos recursos do Funcafé, principalmente por terem a
sensibilidade que o cenário demanda a chegada do dinheiro o mais breve possível
em função das condições climáticas adversas vividas pela cafeicultura, e, em
especial, pela propositura da criação de um departamento que devolva à atividade
cafeeira uma estrutura dentro do Ministério.


DEMANDAS FUTURAS — Ainda fazendo menção à pauta enviada pelo CNC, Blairo
Maggi comunicou que os demais assuntos serão tratados em uma próxima audiência,
quando já pretende contar com o novo diretor do Departamento de Café, Florestas
Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia. Entre os itens apresentados pelo
Conselho, constam (i) contribuição do Brasil à OIC; (ii) apoio à recondução do
diretor executivo da Organização, Robério Silva; (iii) retomada da agenda de
reuniões do CDPC e de seus Comitês; (iv) implantação do georreferenciamento no
parque cafeeiro nacional; e (v) busca por um melhor cenário no que diz respeito
às questões trabalhistas no País.


MERCADO — O comportamento dos futuros do arábica foi caracterizado por certa
volatilidade nesta semana. Após acumular queda por três sessões consecutivas, o
contrato C, negociado em Nova York, reverteu as perdas no pregão de ontem. O
recuo do dólar e as especulações sobre o resultado do referendo para decidir
sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia influenciaram esse
movimento.


Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 3,445, com queda de 2,2% em
relação ao fechamento da última sexta-feira. Esse é o menor valor dos últimos 11
meses, principalmente em função das expectativas positivas de que o Reino Unido
permaneceria na União Europeia. No entanto, o resultado do referendo foi o
oposto do esperado, abalando o mercado financeiro mundial com o crescimento da
aversão ao risco.


Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na
quinta-feira, a US$ 1,429 por libra-peso, com alta acumulada de apenas 5 pontos
em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato
futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão a US$
1.718 por tonelada, com ganhos de US$ 44 em relação a sexta-feira passada.


No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as
variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 496,64/saca e a R$
395,26/saca, respectivamente, com variação de 0,8% e 1,4% em relação ao
desempenho da semana antecedente. O volume de negócios foi fraco devido à
valorização do real, que anulou parte dos ganhos externos, e à fraca oferta de
lotes da temporada atual.


O receio quanto às condições climáticas têm incentivado os produtores a
retraírem a oferta. De acordo com a Climatempo, o clima mais seco retorna a
partir da próxima semana. Há probabilidade de chuvas de volumes pouco
significativos (inferiores a 30 mm) nas semanas subsequentes.


 




Atenciosamente,


Silas Brasileiro
Presidente Executivo

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