Ministério decreta estado de emergência em produção de café de Minas Gerais

13/03/2014

Por EFE Brasil

 

 
 

Ministério decreta estado de emergência em produção de café de Minas Gerais

Ministério decreta estado de emergência em produção de café de Minas Gerais

Rio de Janeiro, 13 mar (EFE).- O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decretou nesta quinta-feira estado de emergência na produção de café pelo reaparecimento do broca-do-café (Hypothenemus hampei) em Minas Gerais, o principal estado produtor do grão.

O decreto foi publicado hoje no Diário Oficial da União. O estado de emergência agropecuária irá vigorar por um ano. Neste período, serão adotadas medidas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) para eliminar barreiras burocráticas para acelerar a aplicação de um plano de contingência que evite a expansão da praga, conforme informou o ministério.

‘A broca-do-café é uma praga de produção e de qualidade, diminui a produtividade e piora a qualidade na exportação do café. Não pode voltar a ser uma praga de importância no Brasil’, disse o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Luis Rangel, em comunicado.

Segundo cálculos de Cooxupé, a maior cooperativa de produtores de café do mundo, a queda de colheita poderia chegar a 30% neste ano devido à falta de chuva e às altas temperaturas do verão, que em consequência limitarão o crescimento dos grãos.

A produção também ficará prejudicada porque em 2013 a área de plantação foi reduzida em 2,9% em todo o país, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que levou os produtores a fazerem grandes podas e cortar plantas produtivas por conta das baixas cotações dos últimos anos.

Esta é a primeira vez em 20 anos que são esperadas duas colheitas ruins consecutivas, já que desde 1992 sempre foram registrados anos de alternância, segundo o IBGE.

No entanto, o volume de exportações não será afetado por conta das suficientes reservas de café do ano passado nos depósitos, segundo afirmou na segunda-feira passada o diretor-geral do Conselho dos Exportadores do Café (CeCafé), Guilherme Braga.

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