O último dia foi para fechar negócios de possibilidades abertas e analisadas nos dias anteriores
Visitantes da Expocafé que passaram os dois primeiros dias da Expocafé namorando as máquinas nos estandes, conferido as particularidades de cada uma e os preços, aproveitaram a tarde de sexta-feira para fechar negócio, afinal, a Feira estava acabando e outra possibilidade de achar o mesmo produto, pelo mesmo preço e condição de pagamento, pode não ser tão fácil. Menos passeios pelos corredores e mais olho no olho de visitante para vendedor. Última palavra em descontos, prazos, condições e martelo batido nas vendas.
No fim da tarde, o balanço do volume de negócios realizados, ainda estava em andamento, mas algo já era certo para os organizadores: A Expocafé superou as estimativas e o total de vendas do ano passado. Um termômetro interessante, que pode ser um indicador de que a agricultura projeta um ano de ganhos mais promissores para o setor e a economia do país como um todo.
O engenheiro agrônomo, Théo Neto, que atende cooperados da Minasul de oito município nos arredores de Lavras, aproveitou a Expocafé para o contato com o visitante de outras localidades. Três tratores da linha Mahindra vendidos até o fim da tarde de ontem e algumas toneladas de insumos. Além dos cafeicultores, muitos produtores de cereais, como milho, feijão e soja.
O modelo de trator mais estreito, ideal para circular entre as ruas das plantações de café, era o produto mais “acariciado”, pelos visitantes do estande da Minasul. Já o modelo maior, mais largo, era o objeto da cobiça dos produtores de cereais, por ter as condições ideais para a lida nas plantações de soja, milho e feijão. A Possibilidade de levar um deles assim tão novinho para a casa, ficou mais real, com a notícia da alta nos preços desses produtos no dia de ontem.
Para o presidente da Minasul, José Marcos, ventos bons sopraram em favor do sucesso do evento nesses dias. “Tivemos uma pequena alta do dólar que animou os produtores, o tempo firme também colaborou para que um número maior de pessoas visitasse a Feira. Mesmo o preço do café não estando tão bom esse ano, o produtor compareceu, deu credibilidade ao evento e estamos fechando com sucesso acima da expectativa, mais essa Expocafé”.
A soma de vantagens entre “cooperativas irmãs”, como ele define, tem favorecido melhores condições de negócios para o visitante. “Hoje temos aqui oito cooperativas que se somaram para aumentar seu poder de barganha com os fabricantes dos principais insumos e máquinas procurados pelos nossos cooperados. Essa soma permite o chamado ganho em escala, tanto para a cooperativa, no momento de fechar uma compra, quanto para a empresa e para o comprador final lá na frente. A medida que aumentamos o volume de compras, elevamos também as possibilidades de descontos, prazos e isso resulta em preço mais acessível para os nossos cooperados. É a velha lógica da soma de esforços”, ressalta.
Bernardo Paiva explica que somente a Minasul conseguiu fechar negócios com condições de pagamento pelo sistema barter, esticadas para quitar nas próximas safras, em até três ou quatro anos. “Sabemos que não basta ter um portfólio, mas condições de fato. O cooperado que preço, precisa de prazo e de garantia dos produtos, como no caso dos tratores que estão com essa garantia assegurada por até cinco anos”, menciona.