11 de Março de 2014
O evento reúne cerca de 2 mil cafeicultores em Manhuaçu – MG
O 18º Simpósio de Cafeicultura de Montanha será realizado dos dias 19 e 21 de março na cidade de Manhuaçu, localizada na região das Matas de Minas, um dos importantes centros produtores de café do País. O principal objetivo do evento é divulgar resultados de pesquisas e informações sobre cultivo, beneficiamento, qualidade e comercialização de café, além de novidades sobre mercado, tecnologia e marketing do setor cafeeiro por meio de palestras, cursos rápidos, debates e dia de campo.
Dos vários temas que serão apresentados, muitos contemplam tecnologias desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, como “Mapa de Qualidade nas Matas de Minas”, palestra a ser apresentada pelo superintendente do Centro de Excelência do Café das Matas de Minas, José Luiz Rufino, e pelo consultor de Cafés Especiais Sérgio Cotrim D’Alessandro; “Cooperativismo: uma opção de desenvolvimento sustentável das Matas de Minas”, palestra do professor do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal de Viçosa – UFV Roberto Max Protil; “Broca do Café: novo controle”, do pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig Júlio César de Souza e “Sistemas mecanizados para colheita na cafeicultura de montanha”, do professor do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV Mauri Martins Teixeira.
Além das palestras, serão ministrados cursos rápidos, como “Certificações de propriedades cafeeiras”, apresentado pelo pesquisador do Instituto Agronômico – IAC Sérgio Parreiras Pereira e “Gerenciamento das propriedades cafeeiras”, apresentado por extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – Emater-MG, entre outros.
De acordo com o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Manhuaçu – Aciam, Antônio Carlos Xavier da Gama, o Simpósio deve reunir os pequenos produtores da agricultura familiar da região. “Lá, eles poderão conhecer o que há de novo para depois aplicar essas técnicas na lavoura”, afirma.
Será realizada ainda rodada de negócios com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae e feira de produtos para a agricultura, que ocorrem simultaneamente ao Simpósio. O evento se tornou o principal painel de informações e tendências do mercado da cafeicultura na região das Matas de Minas. Ao longo dos últimos dezessete anos, a cafeicultura de montanha teve forte incremento de tecnologia e ganhos significativos de qualidade e em produtividade. As Matas de Minas respondem, hoje, por aproximadamente 25% da produção mineira e 12% da nacional. Nos últimos anos, a qualidade do café produzido na região melhorou sensivelmente, conquistando prêmios nacionais e internacionais.
O Simpósio de Cafeicultura de Montanha é realizado com patrocínio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e apoio da Prefeitura de Manhuaçu, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Emater-MG, Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – Faemg e o Sebrae-MG.
O café em Minas Gerais – O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, sendo responsável por mais de 30% da produção. De acordo com a Conab (Janeiro/2014), Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro do País (aproximadamente um milhão de hectares), respondendo por mais de 51% da produção nacional – e por 2/3 da produção total de café arábica. O café é o principal produto de exportação do agronegócio mineiro e é vendido para mais de 60 países do mundo.
Atributos positivos dos cafés do Brasil – Principais regiões produtoras: Matas de Minas – produzidos nas zonas altas, apresentam bom corpo, acidez e doçura; Sul de Minas – café de corpo e doçura moderados, com acidez cítrica de média a alta; Chapada de Minas – aroma e bebida são consistentes, além de equilíbrio e corpo e acidez; Cerrado de Minas – cafés encorpados, com excelente aroma e doçura; Centro-Oeste – cafés com baixa acidez, corpo moderado e levemente doces; Mogiana (São Paulo) – café de corpo e acidez equilibrados com excelente doçura natural; Montanhas do Espírito Santo – produzidos nas zonas altas, têm bom corpo, acidez e doçura – exótico; Conilon Capixaba – sabor típico, é a base de muitos blends de Torrado & Moído e Solúveis; Paraná – cafés de médio corpo, com sabor característico, baixa acidez e doçura; Planalto da Bahia – cafés semi-encorpados, com acidez diferenciado e doçura natural; Cerrado da Bahia – equilíbrio de corpo e doçura, com acidez típica refinada; Conilon de Rondônia – sabor típico, é a base de muitos blends de Torrado & Moído e Solúveis.
Saiba mais sobre o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café e o 18º Simpósio de Cafeicultura de Montanha:
www.consorciopesquisacafe.com.br
www.sapc.embrapa.br
http://www.simposiodecafeicultura.com.br/o-evento
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Carolina Costa – MTb 7433/DF e Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Contatos: 61 3448-1927 / cafe.imprensa@embrapa.br