Minas Gerais Garante Liderança da Produção de Café no País

27/06/2006

Por: Fator GIS


O Governo de Minas, por meio do programa Agrominas Café e do fortalecimento das pesquisas relacionadas ao produto da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), está colaborando para o Estado garantir a liderança no setor cafeeiro. Minas Gerais tem 48,8% da produção nacional – o Brasil tem 2,3 milhões de hectares plantados com café. “Se Minas fosse um país, seria o maior produtor de café do mundo. Por isso, o Governo de Minas tem dado especial atenção à cafeicultura do Estado” afirma Baldonedo Napoleão, presidente da Epamig. Esses resultados foram divulgados durante a 9ª Expocafé, que terminou este mês, na Fazenda Experimental da Epamig, em Três Pontas.


O Agrominas é um programa estruturador do Governo do Estado que tem o objetivo de promover planos e ações para melhorar a qualidade do café produzido, aumentar a remuneração dos agentes da cadeia produtiva, além de incrementar a industrialização de cafés de qualidade. Uma das ações de destaque é programa de rastreabilidade e certificação das propriedades cafeeiras de Minas que garante a valorização do produto no mercado externo com um selo de qualidade e procedência do café para todos os produtores. O programa reúne a ação integrada da Epamig, do Instutito Mineiro de Agricultura (IMA) e da Emater-MG.


A Epamig desenvolve um trabalho de diagnóstico dos ambientes cafeeiros de Minas que está beneficiando produtores rurais, cooperativas, prefeituras e próprio Governo do Estado. “Estamos fazendo o monitoramento e apurando onde e como o café está inserido nas principais regiões de Minas. Já temos oito anos de pesquisas. Este trabalho da Epamig é pioneiro na área do café”, explica Tatiana Chiquiloff, coordenadora do Laboratório de Geoprocessamento do Centro Tecnológico da Epamig no Sul de Minas.


Pesquisas


Os levantamentos mostram algumas informações interessantes. Em Machado, por exemplo, a área cafeeira aumentou, enquanto em Patrocínio, ela diminuiu em 2% – o que não significa que a produção tenha caído. “São Sebastião do Paraíso tem uma área difícil de ser mapeada, por causa dos solos, mas vimos que a área cafeeira não diminuiu nem cresceu nos últimos oito anos. São dados como esses que a gente consegue obter com essa metodologia”, diz Tatiana. A metodologia desenvolvida para a produção do mapeamento e a caracterização do ambiente cafeeiro está disponível no site da Epamig (www.epamig.br/geosolos)


A Epamig pesquisa há alguns anos os diversos sistemas de adubação de lavouras de café. A novidade mais recente é a vantagem descoberta em relação à adubação no sistema de plantio adensado, em que o produtor planta até 10 vezes mais mudas por hectare do que no plantio tradicional. “Em experimentos anteriores, nós tivemos evidências de que eram diferentes as doses utilizadas de fertilizantes para o plantio tradicional e para o plantio adensado. Chegamos à conclusão de que é possível termos redução de até a metade da adubação que era preconizada anteriormente para os cafeeiros adensados. A descoberta traz uma grande economia financeira e possibilita a otimização da utilização de fertilizantes utilizados na cultura do cafeeiro”, diz Felipe Campos, engenheiro agrônomo do Laboratório de Geoprocessamento do Centro Tecnológico da Epamig no Sul de Minas.


Informações disponíveis


O trabalho da Epamig, que desde 2003 recebeu do Governo de Minas cerca de R$ 36,3 milhões em recursos para pesquisas, tem conseguido eliminar problemas de pragas do café, como as cigarras do cafeeiro e a colchonilha da raiz, e ampliar a produtividade por hectare com a redução do uso de fertilizantes de 1.500 kg para 700 kg por hectare com a mesma produtividade.


O trabalho do Governo de Minas não fica só dentro dos seus laboratórios e de suas Fazendas Experimentais da Epamig. Esses resultados já estão disponíveis aos produtores e continuam sendo permanentemente repassados pela Epamig. Também os pequenos agricultores têm acesso às tecnologias e pesquisas. A Epamig realiza muitos dias-de-campo, palestras, publicações, como as circulares técnicas, os boletins técnicos, a revista Informe Agropecuário, para repassar as tecnologias geradas aos produtores.


Meio ambiente


A Epamig também tem uma grande preocupação com a preservação do meio ambiente. “Nós estamos procurando alternativas de produtos que combatam as pragas, mas que não agridam o meio ambiente. Buscamos tecnologias para um manejo integrado de pragas que controlem as pragas sem destruir seus inimigos naturais, para que tenhamos um controle biológico eficiente. Com isto, o produtor vai produzir seu café, por exemplo, com qualidade e preservando o agroecossistema”, explica Rogério Antônio, pesquisador da Epamig.


(Fonte: Governo de Minas Gerais)

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