ECONOMIA & NEGÓCIOS
15/02/2011
Filipe Domingues – O Estado de S.Paulo
Os preços do milho caíram ontem na Bolsa de Chicago. Participantes do mercado aproveitaram a alta dos últimos dias e embolsaram lucros. Na semana passada, as cotações alcançaram o patamar mais alto em 31 meses, abrindo as portas para as vendas desta segunda-feira. O contrato para entrega em março recuou 1,52%, para US$ 6,9575 por bushel.
Apesar do recuo, os preços do cereal encontram certa sustentação no fato de que agricultores do México estimam perdas de 4,2 milhões de toneladas de milho por causa de geadas. Além disso, ontem o governo americano previu que a demanda pelo cereal continuará forte pelos próximos dez anos, sustentada pelo consumo de etanol.
Nos Estados Unidos o combustível é feito sobretudo de milho. O governo americano avalia que, durante a próxima década, até 36% do milho produzido no país será destinado à produção de etanol. Essa perspectiva deve atrair mais críticas dos setores que usam o milho na fabricação de rações e alimentos, pois o custo de produção e o preço da comida tendem a subir também.
Em Nova York, o café se destacou. O contrato março subiu 2,66% e teve o maior preço de fechamento desde 1997, a 258,65 cents/lb. A alta foi puxada por sinais de crescimento do consumo da bebida em países emergentes. No Brasil, a demanda aumentou quase 10% de 2006 a 2009, de acordo com a Organização Internacional de Café (OIC).