CaféPoint
06/12/2011
Após 12 anos de estudo e apoio de pesquisadores da Costa Rica e do México, conseguiu-se criar uma nova variedade de café chamada “Maracatú”, que produz o dobro do normal no primeiro ano da planta e com maior qualidade.
O presidente do Bloco Social Independente de Comunidades Populares (Blosicop), Noel Rodas Vázquez, disse que isso foi obtido depois de quase 12 anos de estudos e provas. Em entrevista, ele disse que atualmente existem 800 plantas produzindo em Victoria, zona rural alta do município de Tapachula, no Estado de Chiapas, no México.
A nova variedade reúne as principais qualidades de sabor, cor, aroma, corpo e qualidade das variedades “Márago” e “Caturra” – de onde surgiu seu nome -, além de outras que se foram complementando.
Vásquez disse que esse café é altamente resistente às pragas, não requer grandes cuidados e, adicionalmente, se fazem provas para que produza duas vezes ao ano, como se tem obtido com outras variedades. As plantas não são muito altas e, portanto, podem ser trabalhadas facilmente. Além disso, as provas químicas no fruto revelaram que tem a mesma qualidade – inclusive maior – que os melhores grãos orgânicos de exportação.
“Com esse tipo de café, poder-se-ia elevar a pouco mais do dobro a produtividade de Chiapas, renovar as plantações, reduzir os custos de produção, proteger o meio-ambiente de diversas pragas e, portanto, duplicar as divisas geradas pelo café ao México”.
Ele disse que, em Chiapas, 70 centavos de cada peso que circula provêm da comercialização de café e desse cultivo dependem economicamente mais de um milhão de pessoas, ou seja, um quarto da população total do Estado. Com o “Maracatú”, poderiam ampliar-se as exportações, considerando a alta demanda do café de Chiapas em diversos mercados do mundo, principalmente nos europeus e nos Estados Unidos. A reportagem é do www.milenio.com, traduzia pelo CaféPoint.