fonte: Cepea

Mercado nervoso com oferta faz NY ter mais de mil pontos de alta e arábica se aproximar de 450 cents/lbp

Suporte vem da safra do Brasil e dos dados Vietnã; robusta tem maior preço dos últimos 16 anos

Por Notícias Agrícolas

A preocupação com a oferta global de café voltou a dar suporte para expressiva valorização do arábica e robusta no pregão desta terça-feira (9) nos terminais internacionais. Com as altas, o arábica se aproximou de 150 cents/lbp e o robusta ultrapassou US$ 4600 em Londres. 

Conforme apurado anteriormente pelo Notícias Agrícolas, o mercado do café continua com suporte nas preocupações com a oferta global. A safra brasileira acontece sem grandes problemas, mas  a incerteza em relação ao tamanho da produção ajuda a sustentar os preços. Outro fator importante, que agora o mercado começa a se atentar, é o tamanho da peneira da safra brasileira. Todas as regiões produtoras relatam peneira abaixo da média dos últimos anos. 

Em Nova York, setembro/24 era negociado por 248,10 cents/lbp, com alta de 1380 pontos, dezembro/24 avançava 1345 pontos, negociado por 245,65 cents/lbp, março/25 avançava 1285 pontos, cotado por 242,65 cents/lbp e maio/24 registrava alta de 239,45 cents/lbp. A valorização desta terça-feira representa o maior salto em mais de dois anos para o tipo arábica. 

Em Londres, setembro/24 tinha valorização de US$ 286 a tonelada, valendo US$ 4634, novembro/24 avançava US$ 288 por tonelada, cotado por US$ 4464, janeiro/25 tinha alta de US$ 278 por tonelada, valendo US$ 4268 e março/25 tinha valorização de US$ 256 por tonelada, negociado por US$ 4103. Alta de hoje é maior em 16 anos para o robusta. 

Além disso, as condições do tempo são favoráveis para a colheita, mas o déficit hídrico já observado nas principais origens produtoras traz novas preocupações. O mercado monitora ainda as previsões de um La Niña para o segundo semestre de 2024, o que pode trazer algum problema para a estação chuvosa nas áreas de café. 

Segundo Fernando Maximiliano, o mercado segue refletindo as incertezas com a oferta do Vietnã. “É um cenário apertada no Vietnã, essa situação não vai melhorar no curto prazo porque a safra vietnamita começa só em novembro”, afirma o analista. 

É importante ressaltar que com as altas dos últimos meses, o produtor brasileiro aproveitou o momento para a “organizar a casa”, se capitalizou e agora consegue participar do mercado de forma mais assertiva. Com o “jogo em mãos”, o produtor do Brasil vem conseguindo ditar o ritmo das negociações, fator que também auxilia na valorização. 

Faltando um longo período para o início da safra, que ainda é incerta para o mercado, os preços devem se sustentar, refletindo também no arábica. O analista destaca ainda que os dados de exportação do Vietnã, que registraram queda de 11% no último mês com 893.820 toneladas. 

“O tempo seco continua impactando a produção no Vietnã”, disse Michael McDougall, diretor administrativo da Paragon Global Markets para a Bloomberg. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou o dia de valorização e também registrou alta nas principais praças de valorização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,23% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.440,00, Machado/MG teve alta de 4,66%, valendo R$ 1.460,00, Varginha/MG teve alta de 4,93%, cotado por R$ 1.490,00, Campos Gerais/MG teve alta de 3,14%, valendo R$ 1.480,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 3,07% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.512,00, Varginha/MG teve alta de 5,41%, valendo R$ 1.560,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 3,01%, valendo R$ 1.540,00.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber as principais notícias da Cafeicultura

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.