Mercado deve manter cautela e focar no avanço da colheita

Porto Alegre, 1 de junho de 2017- O mercado brasileiro de café deve ter mais um dia de negócios pontuais e com cotações sob pressão. Dólar e Nova York recuam, afastando os negociadores do mercado. As atenções se voltam para a colheita.

NOVA YORK

* Os contratos com entrega em julho registram desvalorização de 0,42% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 128,80 centavos de dólar por libra-peso.

* Julho fechou nesta quarta-feira a 129,35 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,75 cents, ou 2,1%.

COLHEITA

* A colheita de café da safra brasileira 2017/18 foi indicada em 19% até 30 de maio. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior os trabalhos estavam em 15%.

* Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2017, de 51,1 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 9,47 milhões de sacas até o dia 30. Em igual período do ano passado a colheita estava em 21%, e na média dos últimos 5 anos para o período em 19%.

* Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos de colheita ganharam um pouco mais de ritmo na última semana. \”A umidade e o percentual alto de café verde em algumas regiões ainda limita o andamento da colheita. O fato é que cerca de 80% dos produtores já estão nas lavouras. E isso deve ajudar a dar dinamismo aos trabalhos de colheita nas próximas semanas, caso não chova\”, afirma.

CÂMBIO

* O dólar comercial apresenta baixa de 0,12% neste momento, cotado a R$ 3,233.

* A moeda abriu com viés de baixa ante o real, contrariando o movimento exercido lá fora diante das moedas emergentes.

* Aqui, a moeda foi pressionada pela elevação de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional do primeiro trimestre do ano, comparado aos três meses anteriores – acima das expectativas do mercado, que projetavam alta de 0,9%.

INDICADORES FINANCEIROS

* As bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,47%. Tóquio, +1,07%.

* As bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,60%; Frankfurt, +0,33%; Londres, +0,25%.

* O petróleo opera em alta. Julho do WTI em NY: US$ 48,36 barril (+0,1%).

* O dólar opera em alta. Euro, +0,22%; iene, +0,48%; e libra-esterlina, +0,03%.

MERCADO INTERNO

* O mercado brasileiro de café teve uma quarta-feira de preços mais baixos. Com as perdas nas bolsas de futuros, o mercado nacional sofreu pressão nas cotações e o dia foi fraco na comercialização.

* No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou em R$ 455,00/460,00 a saca com 15% de catação, contra R$ 465,00/470,00 do dia anterior. No cerrado mineiro, o preço da bebida boa com 15% de catação esteve em R$ 460,00/465,00 a saca, contra R$ 465,00/470,00 de ontem.

* O café arábica \”rio\” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve preço de R$ 420,00/425,00 a saca (20% de catação), contra R$ 425,00/430,00 de ontem.

* Já o conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 415,00/420,00 a saca, contra R$ 418,00/421,00 de ontem.

AGENDA

– Estoques de petróleo semanais dos EUA, às 12hs.

– Balança comercial da 3 semana de maio – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 15hs.

– Desenvolvimento das lavouras da Argentina – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, às 15hs.

Sexta-feira (2/06)

– Eurozona: o índice de preços ao produtor referente a abril será publicado às 6h pela agência de estatísticas Eurostat.

– EUA: o número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a maio serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– EUA: o resultado da balança comercial de abril será publicado às 9h30 pelo Departamento do Comércio.

– Avanço da colheita de milho no MT – IMEA, no início do dia.

– Desenvolvimento das lavouras na Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– O IBGE divulga às 9h os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Industrial referentes a abril.