Mercado de café certificado cresce até 15% ao ano

Produto pode valer até 300% a mais que os cafés comunsSebastião Garcia | São Paulo (SP)

11 de outubro de 2011 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: Canal Rural

 
07/10/2011 – O mercado de cafés certificados cresce de 10 a 15% ao ano. É um produto diferenciado que pode valer até 300% a mais que os cafés comuns. Atualmente, existem vários tipos de certificações, com critérios diferentes. A intenção do setor é unificar essas normas.
O produtor Paulo Almeida é uma autoridade quando se fala em café certificado no Brasil. Ele já ganhou até um concurso sobre qualidade com o café orgânico que produz no sul de Minas Gerais. Tem certificado do Instituto Biodinâmico, uma certificadora brasileira, reconhecida em mercados como a Europa, Estados Unidos e Japão.
 
O jovem produtor Felipe Croce já conhe ce o mercado de cafés certificados como poucos da geração dele. É filho de fazendeiros, estudou no exterior e é responsável pelo controle de qualidade do café que a família produz no interior de São Paulo. O café que passa pelas mãos dele chega a mais de 20 países. Mas é pouco ainda segundo o rapaz.

Os cafés certificados são produzidos seguindo normas especificas do mercado. Podem ser normas de qualidade, pela forma como é produzido no campo, das chamadas boas praticas de produção que envolvem questões ambientais, sociais, trabalhistas.

Em uma feira que ocorreu em São Paulo esta semana, especialistas discutiram o crescimento deste mercado e o acesso de produtores a este mercado. Muito se diz que este é um mercado novo, mas o que se sabe é que já está aberto a todos, aos grandes e pequenos produtores.
O engenheiro agr ônomo Rodrigo Cascalles trabalha em um instituto que certifica lavouras de café pelo critério socioambiental. São produções consideradas responsáveis em relação ao trabalhador e ao meio ambiente. No Brasil já existem 60 mil hectares de lavouras de café certificados neste sistema.

A produção brasileira de café chega a 50 milhões de sacas. Segundo o pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Sergio Pereira, no máximo 10% são certificadas. O instituto avalia os programas de certificação, disponíveis aos produtores. Sergio diz que o ideal é integrar todos eles e o mercado caminha pra isso.
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