Os contratos futuros de café arábica andaram de lado ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
Os contratos futuros de café arábica andaram de lado ontem na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado voltou aos níveis de agosto (142 cents), depois de ter atingido pico no início de novembro (178 cents). O fortalecimento do dólar e a liquidação de posição comprada pelos fundos de investimento derrubam as cotações.
Ontem a moeda norte-americana iniciou em forte alta em relação ao real, cotado acima de R$ 3,46, refletindo a demanda de investidores por proteção, com maiores riscos para o ajuste fiscal, em virtude do agravamento da crise política, após o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros, por liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello. A moeda, no entanto, acabou encerrando a R$ 3,407, desvalorização de 0,6%.
No exterior, o dólar avançava em relação a outras moedas fortes.
Pelos indicadores técnicos do Banco Société Générale, os futuros de arábica romperam abaixo de todas as médias móveis importantes, inclusive de 200 dias. Os suportes estão em 141,10 cents, 140 cents e 137,50 cents. As resistência estão em 145,45 cents, 148,95 cents e 150,85 cents.
Na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), segundo o Société Générale, os contratos futuros de robusta com vencimento em janeiro/17 devem se manter acima de 2.041 dólares a tonelada, para não testar outros suportes, como 2.025 dólares e 1.977 dólares. No lado da resistência, os pontos estão em 2.088 dólares, 2.111 dólares, 2.169 dólares e 2.199 dólares a tonelada.
A liquidação de posições compradas pelos fundos de investimento continua a pressionar as cotações do arábica em Nova York, embora esses participantes tenham reduzido o posicionamento. Os fundos passaram de saldo líquido comprado de 49.076 lotes no dia 22 de novembro para 40.758 lotes no dia 29, considerando futuros e opções.
O Departamento de Agricultura dos Estados (USDA) reduziu sua previsão para a safra de café 2015/16 no Vietnã, de 29,3 milhões para 28,9 milhões de sacas de 60 kg. Ao mesmo tempo, o departamento também cortou sua estimativa para a temporada 2016/17, de 27,3 milhões para 26,6 milhões de sacas.
A produção de café na Colômbia alcançou 12,9 milhões de sacas nos 12 meses até novembro, um aumento de 4% na comparação com os 12 meses anteriores, informou ontem Federação de Produtores de Café da Colômbia (Fedecafé).
Hoje de manhã o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) divulgará os dados da exportação de café referentes ao mês de novembro de 2016e no acumulado do ano. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgou dia 1º de dezembro que a exportação brasileira de café em grão no mês de novembro (20 dias úteis) alcançou 2.999,5 mil sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 3,74% em relação a igual mês do ano passado (3.116,1 mil sacas).
Os futuros de arábica em Nova York trabalharam no lado negativo em boa parte do pregão de ontem. Os contratos com vencimento em março/17 fecharam em queda de 1,73% (250 pontos), a 142 cents. O mercado teve máxima de 145,70 cents (mais 120 pontos). A mínima foi de 141,80 cents (menos 270 pontos).
Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que as cotações do arábica no mercado físico brasileiro caíram ontem. O indicador Cepea/Esalq do Café Arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 518,86/saca de 60 kg, queda de 0,6% sobre o dia anterior. A queda dos preços internos reflete o recuo externo, informa o Cepea. Produtores se mantêm retraídos e o ritmo de negócios continua lento.
Os preços do robusta avançaram ontem. O Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 481,90/saca de 60 kg, alta de 1% na comparação com o dia anterior. O tipo 7/8, bica corrida, ficou em R$ 470,21/saca de 60 kg, avanço de 0,6% na mesma comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.
Fonte : Agência Estado
VIA: CAFÉ DA TERRA