Mercado – Cafés – Consumo interno de grãos gourmet cresce favorecendo nobreza em flexíveis

Por: 25/04/2007 15:04:38 - Embalagem Marca


FINOS EM EXPANSÃO
Consumo interno de grãos gourmet cresce favorecendo nobreza em flexíveis
 
 



Opondo-se à comoditização que parece se manifestar em cada vez mais setores produtivos, a indústria brasileira de café comemora os resultados obtidos a partir de investimentos em marketing e principalmente na melhoria da qualidade de seus produtos. Depois de dois anos seguidos de queda nas vendas internas, em 2004 o consumo da bebida no país cresceu bem acima da média mundial, estimada em 1,5%. De novembro de 2003 a outubro do ano passado, 14,95 milhões de sacas de café foram consumidas no Brasil, resultado quase 9% acima do atingido no período anterior.


Divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), com base nas informações de suas 490 empresas associadas, os balanços do setor trazem outra constatação animadora: pela primeira vez nos últimos vinte anos o consumo anual de café por habitante superou no Brasil a marca de 4 quilos.


Tal dinamismo tem movimentado toda a cadeia produtiva de café, inclusive as empresas do setor de embalagem. Embora representem menos de 10% do total de sacas produzidas anualmente no país, os cafés gourmet, aqueles preparados a partir de grãos previamente selecionados, aparecem como os responsáveis por boa parte das novas oportunidades de negócio na área de acondicionamento.


“O aumento, principalmente no último ano, da produção e venda de cafés gourmet foi muito significativo”, avalia Roberto Rangel Barboza, gerente-administrativo da Rangel Indústria e Comércio, fornecedora de estruturas flexíveis e acessórios de embalagem com know-how no atendimento a torrefadoras de grãos premium. “O número de empresas dando valor à qualidade do que vendem tem crescido”, completa o empresário.


Ainda que mais de 95% da produção brasileira de cafés gourmet, calculada pela Abic em 3,3 milhões de sacas, sejam exportados, o mercado interno desse tipo de produto vem crescendo, abrindo mais espaço para soluções eficazes e nobres de embalagem. A multiplicação dos brasileiros que se dispõem a pagar por cafés de qualidade superior é lastreada, entre ou-tros fenômenos, pela proliferação de cafeterias especializadas em grãos e aromas nobres nos grandes centros, e também de marcas progressivamente sofisticadas nas prateleiras dos supermercados.



A força dos expressos


Considerando as exportações e o mercado externo, estima-se que o nicho dos gourmet vem se expandindo até 25% ao ano no Brasil. Além de ter consagrado as embalagens de aço, esse segmento tem demandado acondicionamentos flexíveis mais aprimorados, especialmente para distribuição de grãos destinados às máquinas de expressos das cafeterias.


Esse é o foco de atuação do Café Santa Lúcia, produzido em Monte Sião (MG) somente com frutos da espécie Arábica. Com crescimento anual de 20%, a marca tem investido em embalagens flexíveis dotadas de válvulas desgasificadoras e compostas de poliéster, alumínio e polietileno. O fornecedor do filme, impresso em rotogravura, é a J. F. Camargo, e o convertedor, a Embalpac, empresa também responsável pela aplicação das válvulas nas embalagens.


O mercado de expressos também está na mira da Rangel Indústria e Comércio, que se consolidou como fornecedora de soluções de embalagem para cafés gourmet em 2002, quando passou a distribuir uma das mais renomadas linhas de válvulas desgasificadoras do mundo, a da fabricante italiana Goglio.


Com único sentido de direção, esse tipo de acessório foi desenvolvido para fazer os gases emanados por produtos já acondicionados serem expelidos de suas embalagens, sem permitir infiltração de ar ou de qualquer outra substância do ambiente externo. Embora também sejam aplicadas no acondicionamento de ração animal, por exemplo, o principal mercado das válvulas desgasificadoras é o de café. Nele, elas são chamadas de válvulas aromáticas, e desempenham papel central na manutenção da qualidade do produto.


 


Prazo de expiração mais longo


É assim porque, após a torrefação, os grãos e o pó de café liberam gás carbônico (CO2). Além de inflar a embalagem, ocasionando em casos extremos rompimentos dos pontos de selagem, essa substância pode interferir nas características de aroma e sabor e no prazo de expiração dos produtos. Assim, a função das válvulas é eliminar o CO2 e o oxigênio residual, ampliando a validade a partir da data de acondicionamento para seis meses.


Tal prazo é duas vezes maior que o proporcionado por embalagens flexíveis com menor grau de barreira e desprovidas de válvulas. São as chamadas almofadas, que, ainda muito usadas no Brasil para acondicionar cafés tradicionais, têm como deficiência a necessidade de perfuração de seus filmes como forma de dar vazão aos gases emitidos após a torra.


“Além de maior validade, as válvulas garantem que o aroma do café seja sentido antes da abertura da embalagem”, lembra Rodrigo Branco Peres, diretor da Café do Centro, tradicional torrefadora de cafés especiais, que adotou os acessórios desgasificadores fornecidos pela Rangel.


Leia a reportagem completa em EmbalagemMarca 69 – http://www.embalagemmarca.com.br
 

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