Nesta sexta-feira o mercado cafeeiro iniciou os trabalhos em N.Y. com alta, na máxima do dia a posição março registrou 1,40 pontos mas vendas de fundos e origens inverteram o quadro fechando com -0,30 pontos e acumulando esta semana +1,15pontos.No interno o bom desempenho de N.Y. pela manha e a alta na cotação do dólar trouxeram maior movimentação para as negociações, porém os vendedores continuam com postura retraída diante das bases ofertadas.
O dólar registrou hoje a terceira alta consecutiva ao fechar com valorização de 1,30%, a R$ 2,252 na venda. A divisa começou a sexta-feira em alta, com as instituições financeiras ainda fazendo ajustes nas suas carteiras, depois do anúncio do Banco Central, na última quarta-feira, de que a posição “vendida” dos bancos superou US$ 3 bilhões em novembro. Ao montar um contrato com posição vendida em dólar, um banco indica que aposta na valorização do real.As correções dos bancos em suas carteiras, associadas às atuações do Banco Central, fizeram com que a moeda norte-americana subisse pelo terceiro dia.
Os fundos e pequenos especuladores reduziram seu saldo comprado no mercado de café na New York Board Of Trade, segundo relatório de traders divulgado pela Commodity Futures Trading Commission, referente ao dia 6 de dezembro de 2005. No café, os fundos já passaram a ter um saldo negativo, passando de 3.890 lotes positivos para 1.923 negativos. Fundos e especuladores registraram um saldo líquido positivo de 529 ante 5.993 lotes na semana passada.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a produção brasileira de café deve ficar entre 40,43 milhões e 43,58 milhões de sacas na safra que se inicia, 2006/07. Comparando-se à safra 2005/06, que fechou em 32,94 milhões de sacas, o resultado apresenta um avanço entre 22,7% a 32,3%. No caso do café arábica, a produção foi estimada entre 30,50 e 33,53 milhões de sacas e participação de 76,2% da colheita total no País, apresenta um aumento entre 28% a 40,8% ou 6,68 a 9,71 milhões de sacas a mais, em relação a 2005/06. Já no caso do café robusta (conilon), com produção entre 9,94 e 10,05 milhões de sacas, o aumento previsto é de 811 a 923 mil sacas a mais, ou 8,9% a 10,1% sobre a safra anterior, que foi de 9,13 milhões de sacas.A pesquisa de campo foi realizada por 258 técnicos da Conab e de órgãos conveniados nesse trabalho, no período de 7 a 30 de novembro, nos principais estados produtores, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Rondônia.