Thiago Masson, Assessor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
O mercado cafeeiro do Brasil está em campanha para a conquista de novos consumidores, principalmente jovens, afirmou sexta-feira (25/05), na Amcham-Belo Horizonte, Thiago Masson, Assessor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
“Trabalhamos para o aquecimento do mercado interno e temos como foco novos consumidores, principalmente os jovens. O público infanto-juvenil perdeu a tradição de tomar café”, explicou Masson aos membros do comitê de Agronegócios da unidade regional.
Segundo Masson, o esforço para reeducar o consumidor terá um trabalho de publicidade feito com a comunidade médica. Intitulada “Café e Saúde”, a campanha foca nas qualidades da bebida como a presença de substâncias anticancerígenas, diminuição do risco de depressão e suicídio com seu consumo, além de sua capacidade em aumentar o estado de alerta.
O Brasil ocupa atualmente a segunda posição no ranking dos países onde mais se consome café no mundo. A primeira posição é dos Estados Unidos. Em uma pesquisa realizada em 2006, apenas 6% da população brasileira se declarou não consumidora da bebida.
A conquista de novos consumidores começa a ganhar força com a chegada de grandes redes de cafeterias como a Starbucks Coffee. “Essas cafeterias inserem o conceito de ambiente confortável e outras variedades do café como frapês e mousses, mais adaptadas ao clima tropical”, explicou Masson.
Mercado Internacional
De acordo com o especialista, para tentar amenizar os impactos da valorização do dólar é necessário diminuir os custos de produção do café.
“O produtor sente os efeitos nas duas pontas, tanto na venda do café como na compra dos insumos”, disse Masson.
O executivo explica que além da desvalorização do dólar diante do real, o mercado exportador ainda enfrenta altas barreiras tarifárias e excessiva carga tributária.