Mercado Árabe – 95% do café consumido no Egito vem do Vietnã e somente 5% vem do Brasil

23 de março de 2007 | Sem comentários Comércio Exportação
Por: 22/03/2007 07:03:00 - Anba

Empresa brasileira faz negócio de US$ 300 mil no Cairo

A Brasfoods e a Brazilian Pepper Trade, do setor de alimentos, fecharam pedidos de especiarias no primeiro dia da Feira do Cairo. O estande da Câmara Árabe na mostra também foi muito procurado por pessoas interessadas em importar do Brasil carne, café, açúcar, equipamentos agrícolas e madeira.


STRONG>Randa Achmawi


Cairo – As empresas brasileiras de comércio de alimentos Brasfoods e Brazilian Pepper Trade Board já fecharam negócios no valor de US$ 300 mil no primeiro dia da Feira Internacional do Cairo, que começou ontem (21) no Egito. “Trata-se de uma carga de especiarias, como pimenta do reino, mas também estamos com perspectivas de vender café e castanhas para outros clientes com quem fizemos contato”, afirmou o gerente da Pepper Trade Board, Michail Wagapoff. As duas empresas trabalham em parceria, mas são de proprietários diferentes.


De acordo com ele, os contatos com os importadores já haviam sido estabelecidos por e-mail antes da chegada dos representantes das duas companhias ao Cairo, o que facilitou no fechamento do negócio. A Brasfoods é uma empresa plantadora, produtora e exportadora de especiarias e condimentos do Espírito Santo. A Pepper Trade Board trabalha como broker no Brasil, mas também atua como intermediária na venda entre compradores de diferentes paises.


Além desse pedido, a Pepper Trade Board também já fechou outro negócio. “Enquanto conversávamos com um produtor de gengibre do Quênia, que nos mostrava suas amostras em nossa mesa, um comprador egípcio que passava por aqui se interessou pelos produtos e se propôs a comprá-los”, disse Wagapoff, que cobrou uma comissão sobre o negócio fechado. “Além disso já estamos prevendo vender o gengibre deste produtor queniano para outros clientes aqui no Egito mesmo”, acrescentou o gerente da trading.


Segundo Wagapoff, só na venda do gengibre queniano ele recebeu uma comissão de US$ 7 mil. “Não foi nada mal para quem não fez nenhum esforço para concluir o negocio”, disse. De acordo com ele, isso é uma prova do potencial apresentado pelo evento. “A feira é uma excelente vitrine que utilizamos durante esses cinco dias no Egito. Com a feira esperamos aumentar o volume de negócios que já estamos desenvolvendo. Além disso, ela nos ajuda a consolidar a presença aqui no Egito”, completou.


Wagapoff acrescentou que os importadores querem ver mais exportadores brasileiros na feira. “Os importadores me disseram que compram pimenta do Vietnã”, disse Wagapoff. De acordo com ele, é importante que se aproveite melhor as oportunidades e o potencial oferecido pelo Egito, pois é um dos maiores consumidores do mundo de especiarias. “É inacreditável que 95% do café consumido no Egito vem do Vietnã e somente 5% vem do Brasil. E nas especiarias a situação não é muito diferente. Pensamos que temos toda a capacidade de mudar esta situação”, afirmou.


Câmara Árabe


No primeiro dia da feira o estande brasileiro, organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, recebeu a visita de 150 pessoas. “No estande da Câmara Árabe foram estabelecidos 46 contatos de pessoas interessadas em comprar do Brasil alimentos manufaturados, carne in natura, açúcar, café, equipamentos agrícolas, produtos petroquímicos e madeira”, disse o analista de comércio exterior da Câmara Árabe, Zein El Abedin, que está na feira.


Além da Brasfoods e da Brazilian Pepper Trade Board, participam também da mostra as brasileiras Gigitel, fabricante de produtos de telecomunicação, Ilumatic, indústria de luminárias para vias públicas, e a Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal (Cibal).
 

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