Melles leva mensagem de otimismo em palestra no Sindicato de Monte Santo

7 de abril de 2010 | Sem comentários Comércio Cooperativas

Na oportunidade a entidade prestou contas
 


Os produtores rurais assistiram atentos à palestra do presidente da Cooparaiso e deputado Carlos Melles
 


O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa e o vice-presidente
da Cooparaiso, José Fichina com produtores rurais de Monte Santo de Minas  
 
 
O Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Santo de Minas promoveu na segunda-feira, 5, uma palestra sobre política cafeeira, com apresentação do presidente da Cooparaiso, o deputado federal Carlos Melles. Na ocasião, a instituição também fez sua prestação mensal de contas.

Melles falou sobre o endividamento histórico do cafeicultor, agravado desde 2002, e que hoje está em R$ 150 bilhões. Fatores, como por exemplo, a falta de uma política reguladora de estoques e de formação de melhores preços por parte do governo federal foram alguns dos causadores dessa situação.

Para Melles, a lei ambiental, as leis trabalhistas, os consecutivos aumentos de energia elétrica e fertilizantes, por exemplo, além de o preço baixo pago ao café, também influenciaram diretamente nesse quadro de dificuldades do cafeicultor.

Ele ponderou que em uma região de alta produção de café, como é o caso das regiões Sul e Sudoeste mineiro, que detém 60% da produção de todo o estado, precisa de líderes fortes que possam mostrar ao governo o empobrecimento do produtor de café. “A defesa ao produtor está em primeiro lugar, e as cooperativas são responsáveis por isso, o compromisso é um só”.
Apesar desse quadro, o presidente da Cooparaiso, que também é presidente da Frente Parlamentar do Café, apontou que há saídas viáveis, além do aumento do consumo de café no mercado interno, fazendo com que em cerca de quatro anos, segundo ele, o Brasil se torne, não só o maior produtor de café, como também o maior consumidor.

Ele apresentou duas propostas para que a classe possa começar a se recuperar. A primeira é a troca das dívidas por Cédula de Produto Rural (CPR), a segunda é o pagamento das dívidas com café, considerando o valor mínimo da saca em R$ 300.

Melles disse também que o novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, e agora o empossado governador Antônio Augusto Anastasia devem levar esses anseios ao governo, para que tais sugestões possam ser adotadas. “Com a transformação em CPR, o produtor sai de uma dívida financeira, para uma dívida comercial, o que faz com que ele tenha acesso ao crédito novamente, com melhores chances de negociação”, relacionou.

O presidente da Cooparaiso terminou sua apresentação com uma mensagem de otimismo: “o cafeicultor está de parabéns e eu tenho certeza que esse quadro vai mudar com a nossa luta. Acredito que vamos modificar essa realidade”, completou Carlos Melles.
 
OPINIÕES

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Santo de Minas, Olynto Paulino da Costa, disse que a união entre as entidades pode salvar a cafeicultura. “Sempre falo que os sindicatos e as cooperativas estão muito bem, mas o produtor não, esses só clamam”, disse ele.

O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino, avalia que as soluções apresentadas pelo deputado Melles são boas, porque a moeda para o produtor é o café. “Atualmente o produtor que deve, não sabe como comprar, porque não sabe como vai pagar. A dívida transformada por café pode por fim nesse endividamento crescente que se arrasta por muitos anos”, completou Carlos Paulino.  As informações parte da Assessoria de Imprensa da Cooparaiso (Heloísa Aguieiras).

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