Medidas anti-inflacionárias da China derrubam os preços das commodities

18 de novembro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Folha de São Paulo

MERCADO
18/11/2010
 
VAIVÉM
 
 
MAURO ZAFALONmauro.zafalon@uol.com.br


 


As possíveis medidas anti-inflacionárias da China estão afetando profundamente o humor do mercado de commodities, afetando os preços externos e internos.


Um dos destaques é o algodão. Após ter atingido o maior valor em 140 anos, o preço do produto cedeu rapidamente nos últimos dias.


Ontem, o primeiro contrato caiu para US$ 1,29 por libra-peso (454 gramas), com retração de 15% em relação aos preços da primeira semana deste mês.


As medidas chinesas afetam também o mercado de grãos de Chicago. A soja, que recuou para US$ 12,08 por bushel (27,2 quilos) acumula recuo de 8% nos últimos sete pregões.


Milho e trigo seguiram o mesmo caminho. Os preços do milho recuaram 7% no período na Bolsa de commodities de Chicago. Os do trigo caíram 11%.


A maior queda no período, no entanto, ficou para o açúcar. Negociado em Nova York a 26,47 centavos de dólar por libra-peso ontem, o primeiro contrato do produto acumula queda de 19% em sete dias.


A forte queda desses produtos ocorre porque a China é um dos grandes consumidores mundiais de commodities. Os chineses determinam a tendência dos preços internacionais.


Liderança Os produtores paulistas foram os grandes vencedores do 7º concurso nacional Abic de qualidade. O melhor café na categoria natural saiu de Sarutaiá, enquanto o mais bem pontuado entre os cafés cereja descascados tem como procedência Itaí.


Dividindo Já no concurso dos cafés denominados pela Abic de microlote -lote de apenas duas sacas-, São Paulo também liderou, mas dividindo o primeiro lugar com outro produto vindo do Paraná.


Novos mercados Representantes da Ubabef, que congrega o setor de avicultura, e do Ministério da Agricultura se reúnem na próxima semana para discutir a abertura de novos mercados para exportações e para contornar eventuais restrições.


Ovos A entidade vai entregar ainda ao ministério uma lista com sugestões de dez mercados prioritários para exportações de ovos, nos quais o órgão federal poderá trabalhar as vendas.


Preço do frango mantém alta nas granjas paulistas


A demanda por frango foi boa ontem e, se for mantida também hoje, os preços da ave viva podem voltar a subir. O quilo da ave viva nas granjas paulistas está a R$ 1,90, conforme pesquisa feita pela Folha.


Oto Xavier, da Jox Assessoria Agropecuária, diz que \”a oferta está ajustada e o frango abatido continua vendendo bem\”.
Previsões de analistas de mercado indicam que os preços do frango e da carne suína podem continuar subindo no próximo ano, o que também deverá ocorrer com os do boi, mas em ritmo menor.


Com KARLA DOMINGUES

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