O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, anunciou hoje (1º/6), durante entrevista coletiva, a revisão para cima da meta das exportações para 2010. O valor subiu de US$ 168 bilhões para US$ 180 bilhões. O número foi divulgado durante a entrevista coletiva, na qual Barral analisou o comportamento da balança comercial no mês de maio.
De acordo com o secretário, o número poderia ser mais ambicioso, porém os técnicos do MDIC levaram em consideração a crise na Europa. “Vamos aguardar possíveis efeitos da crise para reavaliar nossa meta. Por enquanto, não houve problemas nas exportações brasileiras para nenhum país europeu”, disse.
As exportações, no mês, somaram US$ 17,702 bilhões e as importações US$ 14,259 bilhões, valores que resultaram num superávit de US$ 3,443 bilhões. Esse foi o maior saldo comercial registrado no ano.
No acumulado do ano, exportações, importações e corrente de comércio tiveram desempenho recorde para o período. Nos cinco meses, os embarques brasileiros somaram US$ 72,093 bilhões, valor 28,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. As aquisições brasileiras totalizaram US$ 66,476 bilhões (+42,5%) e a corrente de comércio US$ 138,569 bilhões (+35%).
Segundo levantamento feito pela Secretaria de Comércio Exterior, os itens que mais se destacaram nas exportações brasileiras foram minério de ferro, petróleo e soja. Juntas, as vendas desses três itens cresceram 53,3% e a participação no total do crescimento brasileiro registrado de janeiro a maio foi de 41,2%.
“No período verificamos aumento na quantidade exportada desses três produtos, mas também houve crescimento do preço internacional dessas commodities”, ressaltou Barral. Quando perguntado sobre a dependência da balança comercial nas exportações desse tipo de produtos, o secretário respondeu que não vê problema, entretanto advertiu que uma possível queda nos preços internacionais desses itens pode afetar o desempenho da balança comercial brasileira.
O secretário também destacou que está havendo crescimento nas vendas internacionais de produtos industrializados como autopeças, veículos de carga, automóveis e laminados planos. “O aumento de 109% nas exportações de veículos de carga, em qualquer lugar do mundo, é um aumento substancial. Agora, os preços desses produtos não estão se elevando, ao contrário, em alguns casos houve queda”.