McDonald’s fecha 25 lojas no Reino Unido, mas nega crise do fast-food

| 01.03.2006

1 de março de 2006 | Sem comentários Cafeteria Consumo

Companhia americana pretende, ainda, vender outras 50 lojas próprias para empresários franqueados. Executivos amenizam a medida, ao garantir que se trata apenas de rotina.

EXAME O qüinquagenário McDonald’s anunciou, nesta quarta-feira (1º/3), o fechamento de 25 lojas próprias no Reino Unido, todas de grande porte e localizadas em ruas movimentadas do país europeu. A empresa afirma que a medida é conseqüência da competição acirrada com outros restaurantes e cafés. Para muitos o que está por trás da notícia é sim, a concorrência – mas com refeições mais saudáveis.

A margem de lucro do McDonald’s tem caído não apenas no Reino Unido, mas em toda a Europa. No ano passado, esse número foi de 14,9%, contra os 15,6% do ano anterior. A empresa anunciou ainda que pretende se desfazer de outras 50 lojas no continente europeu, vendendo-as para franqueados. O fechamento das lojas no Reino Unido terá um impacto negativo de 22 milhões de euros nas contas da multinacional americana.

Os executivos amenizaram o impacto da medida, afirmando que trata-se de uma rotina na empresa. Analistas de mercado também não foram tão pessimistas. Alguns deles afirmaram ao jornal britânico The Guardian que, enquanto algumas lojas estão sendo fechadas, outras estão prestes a serem inauguradas. O McDonald’s tem 31 000 restaurantes espalhados pelo mundo, sendo 8 000 operados pela própria empresa. O restante é administrado por franqueados.

O especialista em alimentação, Tim Lang, da London’s City University disse, inclusive, que não se trata de uma onda por uma vida mais saudável, e sim uma questão demográfica. “Os críticos do McDonald’s deveriam ser mais cuidadosos. A empresa está passando por uma reestruturação em todo o mundo e o fechamento dessas lojas têm mais a ver com demografia do que com a perda do interesse por refeições fast-food”, disse o professor ao jornal britânico.

O McDonald’s confirma a versão. “O negócio continua em expansão. No entanto, estamos no Reino Unido há 31 anos, e os hábitos de consumo mudaram. Queremos nossos restaurantes nos lugares certos”, disse Amanda Pierce, porta-voz da companhia, ao The Guardian.

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