MATIELLO: Sul de Minas e Mogiana são regiões mais afetadas pelo excesso de chuva e aceleração na fase final de maturação do café

Sul de Minas e Mogiana são regiões mais afetadas e além da perda de qualidade verificada nesta safra, produtor deve ficar atento para os problemas na próxima produção Cafezais afetados podem ter problemas de desfolha, abortamento de florada e baixo cres

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerqu

As chuvas em excesso prejudicaram a qualidade do café que está sendo colhido
em Minas Gerais e São Paulo. A adversidade climática acelerou o processo de
maturação do fruto que tiveram um alto índice de queda precoce.


Em nota, a Faemg (Federação de Agricultura de Minas Geais) afirmou que, até o
momento, as perdas se limitam a qualidade, mas sem registro de danos
quantitativos. Ressaltou ainda que “as chuvas fora de hora derrubaram entre 30%
a 40% dos grãos, comprometendo a qualidade da safra”.


Para o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, José Braz Matiello, as
consequências desse processo variam entre as regiões. Em climas frios os
problemas de qualidade são mais críticos, já em altitudes elevadas os danos são
menores.Os municípios mais afetados estão no sul de Minas e Alta Mogiana.


Em outras localidades como Patrocínio, Monte Carmelo e Carmo do Paranaíba,
todos no triângulo mineiro, a forte estiagem em janeiro ocasionou também perda
de rendimento devido aos grãos menores e um percentual significativo “de coração
negro”, explica.


A maturação antecipada, também reduzirá a produção do cereja descascada que
tem maior valor de comercialização. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o
presidente do sindicato rural de Boa Esperança (MG), Manoel Joaquim, afirmou que
a produção do cereja cairá mais de 50% neste ano no município.


Safra 2017/18


O engenheiro da Procafé alerta também para os danos do excesso de chuvas
combinado com o frio intenso, na próxima safra comercial. Segundo ele “ocorreu
bastante desfolha, abortamento de florada e paralisação do crescimento do ramo –
especialmente por conta do frio”.


Para ele, essas consequências são mais críticas que a aceleração no processo
de maduração, uma vez que trarão prejuízos quantitativos para a safra
2017/18.

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