Graziela Reis
Altos custos e preços pagos pelas sacas que não remuneram os gastos com a produção resultaram em um cenário nebuloso para os cafeicultores brasileiros. Tanto que hoje, a partir das 10h, eles promovem, em Varginha, no Sul de Minas, uma grande marcha, que faz parte do Movimento SOS Cafeicultura. A expectativa é de que a cidade pare. As lojas vão fechar as portas. As prefeituras das cidades que têm a economia baseada no café pretendem declarar ponto facultativo. Cafeicultores de toda a região já confirmaram presença. “Vou estar lá porque a situação é grave”, afirma Ivan Franco, produtor de café orgânico em Machado.
Debates sobre a crise que atingiu o setor, que ameaça 2,2 milhões de empregos diretos, também estão na programação. O objetivo da passeata é chamar a atenção do governo federal para os problemas da cafeicultura.As principais reivindicações do setor cafeeiro são a garantia de preço mínimo remunerador, a viabilização da liquidação da dívida setorial pelo sistema equivalência-produto e o Programa de Opção Pública para obtenção de cotações que gerem renda ao produtor. A expectativa é de que os pedidos sejam acatados para manter os empregos ligados às lavouras.
Um abaixo-assinado digital também está sendo promovido pelo Movimento SOS Cafeicultura. Até a semana passada mais de 11 mil assinaturas eletrônicas já estavam registradas. Informações sobre o movimento no site www.soscafeicultura.com.br.