O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, aprovou hoje (22/03) o lançamento de opções privadas para o café da safra 2007/2008. A previsão é de lançamento de opções para até 6 milhões de sacas do produto, envolvendo recursos da ordem de R$ 200 milhões. O início dos leilões está programado para o mês de maio, com o exercício em 31 de outubro e 30 de novembro. O preço de exercício e o prêmio máximo de risco deverão ser definidos no início de maio.
Segundo o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Linneu da Costa Lima, o lançamento das opções privadas consolida a política anticíclica adotada pelo Governo Federal para a cafeicultura, o que só está sendo possível “graças à perfeita interação entre o governo e a iniciativa privada, tendo como fórum o Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC)”.
O secretário lembrou que, este ano, o orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para apoio à produção e à comercialização do produto é de R$ 2,026 bilhões, sendo R$ 426 milhões para custeio, R$ 450 para colheita, R$ 850 milhões para estocagem e R$ 300 milhões para aquisições. Esses recursos deverão ser disponibilizados ao setor a partir do mês de abril.
A política anticíclica é composta por três ações: transparência na formulação da política e na divulgação das informações de estoque, safra, mercado etc.; financiamento para a estocagem de café por prazo de até 18 meses, de forma a viabilizar o deslocamento de estoques, em função da bianualidade, de safra grande para safra pequena; e lançamento de opções privadas, como sinalizador de preços futuros para o mercado.
Para o secretário Lima, com o lançamento das opções privadas e a oferta de recursos para a estocagem será possível que o setor produtivo efetue uma comercialização uniforme, evitando a freqüente concentração de oferta no período da colheita, o que refletirá em melhoria de renda para toda a cadeia.
O que é opção privada – O contrato privado de opção dá o direito, mas não a obrigação, do detentor da opção (produtor ou cooperativa) vender o produto para o lançador das opções de venda (comerciantes ou indústrias de beneficiamento). O exercício da opção somente ocorrerá se na data do vencimento o preço de mercado estiver abaixo do preço de exercício do contrato. Se o preço estiver acima, o detentor da opção vende no mercado e perde o prêmio.