Manifestação de cafeicultores tem bloqueio em três estados, e mobilização continua.

Ameaça de importação de café do Vietnã serve para unir produtores de conilon do Brasil

22 de fevereiro de 2017 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Antônio Sérgio | Newscafeicultura

Produtores manifestam contra a importação de café no extremo sul da Bahia em Itapeba, Foto: Endrigo


Na terça-feira (21), foram os cafeicultores de Rondônia que paralisaram a BR 364 em Rolim de Moura, que ficou sem tráfego durante boa parte do dia.  Quarta-feira (22) foi a vez dos cafeicultores do extremo sul da Bahia e do Espirito Santo mostrarem a união da classe, a BR 101 foi bloqueada em quatro locais, na Bahia em Itamaraju, no Espirito Santo foram três municípios, Jaguaré; Jacupemba, distrito de Aracruz; e em Pedro Canário. 

Conscientização, durante a paralisação, foi entregue panfletos que explicava os prejuízos da importação de café, a má qualidade do café do Vietnã, a falta de leis trabalhistas e ambientais no país e os riscos fitossanitários que colocariam em risco toda a produção nacional e consequentemente afetariam a economia de todos os municípios que dependem da cafeicultura, no caso do Espirito Santo (80%).



Na foto Manifestação na BR 101 em Água Limpa, Espirito Santo. Foto Marcelo/Rede Social

“Conseguimos aglomerar um número de produtores acima das nossas perspectivas, tanto no sul da Bahia com no Espirito Santo, foi uma reivindicação dos cafeicultores mostrando a sociedade e as lideranças políticas que estamos unidos e fortalecidos pra defender nossos direitos”, ressalta produtor de Jaguaré.


No Espirito Santo participaram das manifestações quase dois mil produtores, com cerca de 130 tratores e equipamentos agrícolas, dados dos organizadores.  A paralisação terminou no início da tarde após cerca de seis horas de duração, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).


O movimento continua mobilizado

 “Desde a noite de terça-feira o Temer já havia suspendido a reunião da Camex. Porém ainda não foi definido se haverá ou não a importação. Enquanto não sair uma resposta definitiva de que não haverá importação, nós estaremos organizados para fazer novas manifestações. A gente vê como positivo o que vem ocorrendo, mas ainda não foi resolvido. Precisamos que isso seja formalizado para tocarmos a vida, enquanto não for, estaremos a postos”, enfatiza uma liderança.


“O setor produtivo fez sua parte, mostrando sua indignação ao tema importação! Foi um movimento visto em quatro estados da federação, e até certo ponto ordeiro e pacífico. O jogo político foi ganho, mas a guerra do mercado e dos preços ainda está começando” avaliou Marcus Magalhães.



Na foto Manifestação na BR 364 em Rolim de Moura, Rondônia. Foto Rolnews/Rede Social

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