Henrique Silva
Ceplac, Cacoal colhe os bons frutos do plantio da mamona. 23 produtores de
diversas linhas rurais que participaram do projeto experimental do cultivo da
mamona colheram 16 toneladas de bagos e sementes de mamona. A produção já tinha
o comprador final.
Nesta semana, a
empresa fornecedora das sementes que se comprometeu, através de contrato
assinado com os produtores rurais, através do conselho municipal de
desenvolvimento rural, a comprar toda a produção de mamona cultivada no
município de Cacoal esteve no município para buscar a produção que estava no
galpão da secretaria de agricultura. Pelo contrato pré-estabelecido, foi pago no
kg dos grãos uma faixa de R$ 45 centavos de reais, finalizando a comercialização
de sacos de 60kg por R$ 27,00 vinte e sete reais.
Seu João da Luz,
localizado na Linha 12, gleba 11, lote 55, cultivou um 1,5 hectar de mamona. Com
quatro meses de cultivo seu plantio estava apto para a colheita. Sua produção
foi cultivada consorciada com o café. Com esta iniciativa, o produtor fez manejo
de duas culturas investindo apenas
mamona beneficiar a produção de café.
Consorciamento da mamona e os resultados
obtidos
Como cultura secundária, a mamoneira pode ser
plantada em consórcio com o café, frutíferas e em áreas de reflorestamentos,
porém e preciso tomar cuidados para que não venha ocorrer a competição de
nutrientes entre as plantas. O mais correto é consorciá-la em lavouras de café
ou em frutíferas podadas ou em folhas abertas para que a mamoneira abafe as
ervas daninhas e proteja o solo.
A mamoneira é de
fundamental importância na recuperação de solos já degradados, pois as raízes
aeram o solo, descompactando-o e facilitando a infiltração da água das chuvas,
fixando nitrogênio e no processo de decomposição, renova através da sua
biomassa, produzida por caules e folhas. Neste caso, junta-se o útil ao
agradável. Recupera-se o solo e o produtor rural obtém retorno financeiro na
comercialização do produto.
Segundo José
Valterlins, secretário de agricultura, com o cultivo da mamona iniciado em
Cacoal, a prefeita Sueli Aragão, têm objetivos específicos para a comunidade
rural. Benefício econômico, social, Ambiental, emprego e renda, diversificação
na produção rural, diminuição do êxodo rural e viabilidade de crescimento na
renda familiar, diminuição do efeito estufa por efeito da cobertura verde, alta
biodegrabilidade comparada com óleo diesel mineral e a operação ecológica
através do combustível 100% renovável.
Cacoal ganha, os
produtores rurais ganham e o estado de Rondônia ganha com a troca de informações
e conhecimentos técnicos dos órgãos competentes, somando e distribuindo os
resultados nessa nova opção a ser explorada neste início de século. Será
definida na próxima reunião, do conselho da agricultura, a viabilidade de
continuar com o cultivo da mamona e com o contrato da empresa de Vilhena,
fabricante de biodiesel com os produtores rurais de Cacoal.