Norte-americanos devem gastar mais de US$ 13 bilhões na compra de café em 2016
O Bureau de Inteligência Competitiva do Café, no seu Relatório Internacional de Tendências do Café do mês de agosto de 2016, traz várias análises da cafeicultura em nível mundial com destaque de assuntos e temas relevantes e atuais que sinalizam tendências para o Brasil. Essas análises fazem parte do projeto ‘Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira’ do Consórcio Pesquisa Café e visam principalmente monitorar, analisar e difundir informações e indicadores relevantes para a cafeicultura.
Entre as análises e destaques, vale transcrever trecho do Relatório que salienta que “os americanos têm consumido menos café, ao mesmo tempo em que gastam mais com o produto. Neste ano, espera-se redução no consumo da bebida nos Estados Unidos, passando de 24 milhões de sacas de 60kg para 23,7 milhões”. E, mais ainda, que “(…) esta é a primeira queda registrada no consumo da bebida no país desde 2010, sendo diretamente relacionada à propagação das K-Cups no mercado. Isso porque a popularização das cápsulas fez com que muitos americanos abandonassem o café torrado e moído tradicional, passando a consumir monodoses. E, adicionalmente, o Bureau ressalta que a causa dessa pequena redução do consumo nos EUA se deve também ao fato de que “mais de um quarto das residências americanas possui máquinas de café em cápsulas”.
Complementando essas análises do consumo de café nos EUA, o Relatório Internacional de Tendências do Café (VOL. 5/Nº 07/30 AGOSTO 2016) menciona que o café extraído nas residências norte-americanas custa cerca de US$45 ao ano, enquanto que o adquirido em cafeterias chega a atingir o patamar de US$ 1.200 anuais. O resultado é que os consumidores só preparam a quantidade da bebida a ser consumida, reduzindo o desperdício de café. Em contraponto, o Bureau salienta que apesar dessa pequena redução do consumo da bebida no país, espera-se que em 2016 os americanos gastem em torno de US$ 13,6 bilhões na compra do produto, em comparação com US$ 12,8 bilhões, em 2015, e US$ 11,9 bilhões, em 2014.
Outro ponto destacado pelo Relatório é que a Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC certificou a primeira marca de café em cápsulas no seu novo programa voltado para esse segmento. E, assim, salienta que o Brasil demonstra sinais de avanços importantes no segmento de café torrado e moído. Além disso, menciona que as empresas já consolidadas no mercado investem em novas tecnologias, marketing e novos produtos, o que tem provocado o ingresso de novos concorrentes no mercado interno.
Para ilustrar esse caso, cita como exemplo o lançamento de um novo produto (e nova marca) de uma grande multinacional de refrigerantes que também passou a atuar no segmento café, como um fato relevante para incrementar o mercado nacional. Finalizando as análises das monodoses, destaca que as atenções da indústria estão também voltadas para viabilização de um mercado de cápsulas mais ecológico, à semelhança do que as companhias que lideram o setor na Europa e nos EUA vêm fazendo.
O formato padrão das análises das tendências do café adotado pelo Bureau de Inteligência, nesta Edição de agosto de 2016, VOL. 5 – Nº 7, do Relatório Internacional de Tendências do Café, contempla quatro seções: PRODUÇÃO, INDÚSTRIA, CAFETERIAS e INSIGHTS. Na seção PRODUÇÃO, são destacadas análises e tendências de países produtores de café da América Central, América do Sul e África. Na seção INDÚSTRIA, são feitas análises de grandes empresas, inclusive multinacionais, que atuam no Brasil, União Européia, Estados Unidos e outros países. E, com relação a CAFETERIAS, o Relatório também destaca as grandes empresas que atuam nesses mercados globais, seus portfólios de produtos oferecidos e as novas tendências de mercado. Os INSIGHTS abordam de forma sucinta cada uma dessas seções apontadas, que valem a pena serem conferidas na íntegra.
O Relatório Internacional de Tendências do Café do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, instituição fundadora do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, faz parte do projeto “Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira”, do Consórcio, o qual é financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. As edições do Relatório estão disponíveis no portal da UFLA e no Observatório do Café.
Para saber mais sobre o Relatório do Bureau, UFLA, Embrapa Café, Consórcio Pesquisa Café e Observatório do Café, acesse:
Relatório Internacional de Tendências do CAfé Vol. 5 Nº7