Cidade de Brejetuba, na Região Serrana do Espírito Santo, segue com recorde desde 2011 e serviu mais de dois mil cafezinhos durante festa de aniversário da cidade no sábado (30).
Por G1
Uma das bebidas mais amadas no mundo e que tem até três datas comemorativas, merece um momento especial e que bate recordes. No Espírito Santo que é o segundo maior produtor brasileiro de café, não podia faltar o maior café coado no mundo. Recorde desde 2011 que é realizado em Brejetuba, Região Serrana do estado.
O café foi coado no sábado (30), durante o aniversário da cidade. O processo todo, desde a montagem do coador até o café prontinho servido para as pessoas, dura mais de 1 mês. São várias etapas e são selecionados os melhores cafés da cidade para participarem.
A festa é realizada desde 2008, e em 2011 o recorde de maior café coado do mundo foi batido. Ao final de cada edição os realizadores do evento entram em contato com o Guinness Book para consolidar o recorde mundial e também nacional.
Alguns números do ‘café gigante’:
🌿São coados 8.260 litros de café;
👨🌾 São utilizados 700kg de pó de café;
☕ Mais de 2 mil cafézinhos servidos;
🕗 O processo de coagem completa demora 4 horas, mas o café já é seguido 1h depois da água esquentar;
👃🏼 Depois de pronto, o cheirinho de café ainda fica pairando no ar por 6h e chega até a cidade
Processo em família
O coador é feito pela família da funcionária pública Jamaica Maria da Silva há várias gerações. Ela com o pai e o irmão também participam da festa e são eles que vão coando o café. São várias camadas de tecido, além de uma rede e uma corda.
” A gente costuma brincar que é muito bom e ficamos fascinados com essa coagem. A gente tá envolvido desde o início. Eu sou neta de produtor, tá no sangue mesmo. É gratificante demais. A economia local é o café pra gente, 90%”, disse a funcionária pública.
Depois que o coador fica pronto, ele é levado até o espaço de eventos onde a festa é realizada e a xícara, que já está pronta e fica na entrada da cidade, também é levada para o local uma semana antes da festa.
O pó é depositado e um caminhão pipa, com água aquecida de 96 a 97 graus. Depois disso, a água quente começa a ser colocada no café. Depois de 10 a 15 minutos os primeiros jatos de café começam a sair.
“O melhor café fica para o final, a gente sempre fala isso, mas o pessoal fica ansioso e então depois de 1h que o processo começou, a gente já começa a servir”, contou Jamaica.
E o que sobrou?
Depois da festa, sobram restos do pó de café e da água utilizada na coagem. Os dois são descartados de formas diferentes.
“O líquido do café é descartado em caixas de água onde ficam os resíduos do café, que é o processo de descascamento do café. Ele não pode ser utilizado e precisa ser descartado. Então são feitos alguns buracos e a gente deposita”, explicou Jamaica.
Já com o pó do café que sobra, é preciso esperar uma semana até ele secar totalmente, porque mesmo depois do término da festa, o café ainda fica pingando.
“A gente espera secar, e aí eles retiram esse pó e geralmente dão para a igreja para depois ele ser confeccionado para tapetes de Corpus Christi. Antes, ele virava adubo”, comentou Jamaica.